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segunda-feira, 13 de junho de 2016

Teorias

A vida é uma duvida constante.
Acreditamos ou guia-mo-nos por teorias de outros cujas duvidas os levaram a pensar.
Nada é certo.
São apenas teorias. 
Desde a formação do Universo cujas teorias são tantas à evolução das Espécies...
Faz parte do ser humano, o querer saber, descobrir... E é verdade que temos descoberto tanto através da partilha de informação e troca de ideias.
Formaram-se correntes, linhas de pensamento e cada um segue aquela com que se identifica.  
Reais ao não, são as bases onde nos vamos sustentando e formando cada ser, cada um diferente de qualquer outro. Somos unos. Matrizes cujos moldes nunca serão utilizados. 
Ainda que sejamos clonados, nem mesmo esses clones pensarão da mesma forma que nós. Cada ser é um só, com as suas próprias duvidas, as suas certezas,as suas teorias! 


Sílvia.Q.Sanches - Abril 2016

terça-feira, 7 de junho de 2016

A vida continua



Há dias tristes, que não se gosta de nada, de ninguém. 
Nem do próprio ser. 
Coloca-se em causa a própria existência, e a forma como se vive.
Há dias em que o mundo desaba e todas as luzes se apagam. 
Dias de autentica solidão.
Mas ninguém está só!
Existe sempre alguém com situações idênticas e "Qui sait" piores.
Então, é nesse momento que se começa a vislumbrar uma luzinha.
Olha-se para uma criança na rua e sorri-se.
Aquela nuvem que passa, que gira, até parece uma girafa!
Passa aquela música na rádio que já não se ouvia há séculos. (Velhos tempos!)
Passa-se por um campo repleto de margaridas (que bela foto se tirava!).
Admira-se a imensidão do mar.
O abraço de um filho num chegar a casa…
Retomam-se forças.
Levanta-se a cabeça.
Enche-se o peito de ar.
As luzes acendem-se.
Segue-se em frente.
A vida continua…

Sílvia Q. Sanches 2009

Hibernar


E quando se pensa que nesta vida tudo se sabe, isso é sinal de uma ignorância tamanha que não chegaria a terra e o mar para suportar tal disparate...
Não dormi o suficiente e apetece-me dormir. 
Não só para descansar, também para esquecer, para me isolar, para me esconder da realidade.
Tenho sono. Tenho muito sono.
Preciso hibernar, é isso!
Preciso dormir enquanto não passam as agruras da vida.
O inverno!
É verão eu sei, mas eu preciso hibernar.
Dormir a sono solto sem sonhos, pesadelos, barulhos ou outras interrupções.
Dormir sem dar pelo tempo passar.
Acordar nem que seja daqui a cem anos, jovem e fresca como a bela adormecida.
É isso! Vou comer uma maçã envenenada, ou picar o meu dedo num fuso… quero dormir! Quero esquecer o cinzento e acordar no azul!
Não é possível, pois não?!
As cores da minha tela sou eu que tenho de misturar.
Oportuno seria carregar num interruptor e desligar aquilo que não interessa!
Apagar a luz e dormir.
"Deletar" tudo o que  incomoda!
Dormir até que tudo isso passe! 
Hibernar, até à próxima primavera.
Preciso de hibernar.


Sílvia Q. Sanches 2009

Viagens


Gosto de viajar mas não tendo suporte financeiro para muitas daquelas grandes viagens,  viajo no mais profundo do meu ser, enquanto contemplo o mar ou leio um livro.
Na verdade, ler um livro é de certo das viagens mais belas e pacificas que se podem fazer. Sem as complicações dos transportes, bagagens, documentos... Para mim, são daquelas viagens que ficam para a vida. 

Lendo, posso viajar no tempo e viver vidas que jamais ousaria viver. É bom viajar, ainda que espiritualmente, conhecer outras culturas, histórias magníficas de pessoas estupendas. 
Sem fotografias, filmes ou lembranças de viagem mas com imagens, sentimentos e sensações que jamais ninguém as sentirá. 
Guardadas no mais profundo do meu ser, na minha essência, na minha alma, levarei sempre comigo as pequenas recordações das minhas grandes viagens.
Um dia, quando morrer, quero ser cremada. Quero ser espalhada por todos os lugares que me encantam. Quero que me espalhem por aí. Perpetuar em muitos lugares é um sonho antigo.
Quero voar com o vento e conhecer o mundo!

Sílvia Q. Sanches 2010

terça-feira, 31 de maio de 2016

Dia dos irmãos

Comemora-se hoje o dia dos irmãos.
Urra irmãos!...
E se os amigos são os irmãos que escolhemos, brindemos também a eles!
Para mim todos os dias são  os dias de mães, pais, amigos, filhos... do sol, da lua, da terra...
Estamos por cá todos os dias e é enquanto cá estamos que temos de comemorar.
Comemorar acima de tudo a vida. 

Afinal somos todos irmãos!


Sílvia. Q. Sanches 31 Maio 2016

sábado, 28 de maio de 2016

Momento Zen


Pisar a relva molhada...
Sentir o cheiro da terra...
Abraçar as cores do campo.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Expectativas



Talvez as pessoas não me decepcionem.  O problema talvez seja eu, que espero muito delas.
Bob Marley

quinta-feira, 12 de maio de 2016

...ET...

Há dias que me sinto uma autentica extraterrestre.
Completamente fora do contexto e deslocada da realidade onde vivo.
Não me identifico com nada disto.
Vou-me adaptando!
Talvez seja este o sentido da minha presença neste mundo.
Mas sempre que ouço que há vida noutro planeta... fico tão feliz!...
Afinal não estou sozinha! 

Sílvia.Q.Sanches  - maio 2016

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Invasões

As invasões fazem parte da história mundial. A cultura ibérica, tão característica  é sem dúvida resultado das diversas invasões sofridas ao longo dos séculos.
Portanto, está intrínseco em cada ibérico, em cada português, o sentido invadir,  sobretudo o espaço alheio.
Inevitável é, à semelhança das varias invasões históricas, uma reacção inversa como o sentido de repulsa e sobretudo de evasão,  provocando enfim o desejo de autonomia.

É sempre bom ter em mente, que a lição a reter após cada grande invasão é que:

"A liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do outro."

Sílvia.Q.Sanches 10 maio 2016 

terça-feira, 3 de maio de 2016

Eutanásia

Foi como profissional de saúde que testemunhei histórias de sofrimento. Assisti a momentos de profunda angústia perante a uma vida desgastada e uma morte que tardava em chegar. Situações em que, mesmo com todo o conforto e cuidados de saúde, os idosos pediam que os ajudassem a acabarem com aquele sofrimento. O medo de se tornarem um fardo para aqueles que o rodeavam estava presente a todo o momento e o direito à autodeterminação e liberdade de escolha era-lhes negado.
Quando se chega ao final da vida sem qualquer tipo de mobilidade, incapaz de comer pela própria mão ou de fazer uma qualquer das atividades da vida diária (AVD): levantar-se, lavar os dentes, vestir-se sozinho, etc… não há qualquer motivo para se permanecer a vegetar no leito de uma cama, literalmente a apodrecer. Todos temos direito a uma vida e morte digna.
Se a situação for irreversível para quê viver com o auxílio de máquinas?
 A maioria da classe médica rege-se, essencialmente, pela saúde do doente o respeito absoluto pela Vida Humana desde o seu início e em não fazer uso dos conhecimentos médicos contra as leis da Humanidade, esquecendo que também que deve zelar pela dignidade do doente e acabar com a má qualidade de vida.
Desligar as máquinas que mantêm aqueles que se encontram em morte cerebral poderá provocar sofrimento, ainda que por pouco tempo e do ponto de vista religioso é considerado usurpação do direito à vida humana, afinal, todos temos direito à vida. É necessário o consentimento do interessado e por vezes isso não acontece mas desde que não haja qualquer esperança de vida, na minha opinião, deve ouvir-se o apelo do bom senso e não deixar que o capricho da ciência se sobreponha ao verdadeiro sentido da vida. Não havendo esperança de vida, a ciência deve sim, proporcionar uma morte digna e não um prolongar do sofrimento tanto do doente como de quem o rodeia.
A legislação também não ajuda, aquele que de alguma forma ajudar um doente a acabar com o seu sofrimento, poderá ser condenado por homicídio.
A eutanásia passou da simples lei do mais forte à capacidade de compreender o sofrimento alheio em que facto de ninguém ser igual a ninguém e haver diferentes formas de encarar a morte tem tornado este tema tão polémico.
Sou a favor da eutanásia desde que a condição do doente (velho, adulto ou criança), seja bem avaliada e não haja qualquer esperança de vida digna.

Sílvia Q. Sanches - Dez 2013 

sábado, 30 de abril de 2016

Sou o que sou...

Sou despistada, teimosa, chata, umas vezes emotiva muitas outras fria, difícil de aturar. Nem a mim me aturo.
Posso ser brusca, pouco assertiva,  exigente, por vezes intolerante e impaciente.
Terei muitos outros defeitos dos quais não me recordo.
A falta de memória será outro!...
Mas se não me aceitarem com o pior do meu carácter, seguramente não merecerão o melhor de mim!!!
Pelo menos sei quem sou!!!


sexta-feira, 22 de abril de 2016

Ao sabor da corrente

Umas  apressada, outras mais lenta e descontraída.

Num compasso marcado pelo calendário fiscal, incapaz de abrandar. de relaxar...

Um relógio biológico  que se apressa...

Uma agenda cheia de coisas (in)úteis.

O compasso de espera...

A pressa...

O receio da chegada...

Já tão longe da partida.




Sílvia.  Q. Sanches Abril 2016

sábado, 12 de março de 2016

Momentos

"A vida passa tão depressa que, às vezes, a alma não tem tempo de envelhecer..."

Eu diria antes, que "o corpo envelhece e alma rejuvenesce..."
Mas...
Há momentos que tenho de me afastar.
Afasto-me para não magoar...
Cresço ao meu ritmo, isolada em multidões.
Crio expectativas e cobro-as... a quem não sabe o que realmente espero.
Na verdade nem eu sei o que me espera!
Mas é bom ser surpreendida. Por vezes do nada. De onde menos se espera!
É bom...
Rejuvenesce a alma.

Sílvia Queirós Sanches - Março 2016
imagem retirada da Internet

domingo, 6 de março de 2016

Para ser feliz...

                                              imagem recolhida da Internet 

sábado, 8 de agosto de 2015

com tudo e sem nada...

Gostava de ser diferente.

Saber viver só.

Não precisar de ninguém para ser alguém!

Procuro a cada instante, em qualquer canto... nunca me encontro.

Nada vejo, e a cada momento me desiludo.

Com ninguém em especial. É mesmo comigo!

A eterna insatisfação de quem nada falta mas nada satisfaz.

Não vejo nada.

Qual criança pobre sedenta do conforto que nunca terá.

Qual velha saudosa daquilo que nunca teve.




sábado, 14 de fevereiro de 2015

Adiamento...

Álvaro de Campos
Adiamento





   Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã...
   Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,
   E assim será possível; mas hoje não...
   Não, hoje nada; hoje não posso.
   A persistência confusa da minha subjetividade objetiva,
   O sono da minha vida real, intercalado,
   O cansaço antecipado e infinito,
   Um cansaço de mundos para apanhar um elétrico...
   Esta espécie de alma...
   Só depois de amanhã...
   Hoje quero preparar-me,
   Quero preparar-rne para pensar amanhã no dia seguinte...
   Ele é que é decisivo.
   Tenho já o plano traçado; mas não, hoje não traço planos...
   Amanhã é o dia dos planos.
   Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o mundo;
   Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã...
   Tenho vontade de chorar,
   Tenho vontade de chorar muito de repente, de dentro...   Não, não queiram saber mais nada, é segredo, não digo.
   Só depois de amanhã...
   Quando era criança o circo de domingo divertia-rne toda a semana.
   Hoje só me diverte o circo de domingo de toda a semana da minha infância...
   Depois de amanhã serei outro,
   A minha vida triunfar-se-á,
   Todas as minhas qualidades reais de inteligente, lido e prático
   Serão convocadas por um edital...
   Mas por um edital de amanhã...
   Hoje quero dormir, redigirei amanhã...
   Por hoje, qual é o espetáculo que me repetiria a infância?
   Mesmo para eu comprar os bilhetes amanhã,
   Que depois de amanhã é que está bem o espetáculo...
   Antes, não...
   Depois de amanhã terei a pose pública que amanhã estudarei.
   Depois de amanhã serei finalmente o que hoje não posso nunca ser.
   Só depois de amanhã...
   Tenho sono como o frio de um cão vadio.
   Tenho muito sono.
   Amanhã te direi as palavras, ou depois de amanhã...
   Sim, talvez só depois de amanhã...
   O porvir...
   Sim, o porvir...
http://pessoa.mdaedalus.com/alvaro-de-campos20.html

Ser ou não ser.. eis a questão.


terça-feira, 2 de setembro de 2014