Com os pés na areia surgem duvidas, reflexões, ideias... como grãos de areia. Sobre a areia viajo para onde a imaginação me leva. De pés na areia mantenho-me de pé... Caminho à beira deste mar, medito, escrevo e partilho ideias. Assim me vou descobrindo.
sábado, 4 de junho de 2016
Os Amigos
Os amigos amei
despido de ternura
fatigada;
uns iam, outros vinham,
a nenhum perguntava
porque partia,
porque ficava;
era pouco o que tinha,
pouco o que dava,
mas também só queria
partilhar
a sede de alegria —
por mais amarga.
Eugénio de Andrade, in "Coração do Dia"
despido de ternura
fatigada;
uns iam, outros vinham,
a nenhum perguntava
porque partia,
porque ficava;
era pouco o que tinha,
pouco o que dava,
mas também só queria
partilhar
a sede de alegria —
por mais amarga.
Eugénio de Andrade, in "Coração do Dia"
sexta-feira, 3 de junho de 2016
terça-feira, 31 de maio de 2016
Dia dos irmãos
Comemora-se hoje o dia dos irmãos.
Urra irmãos!...
E se os amigos são os irmãos que escolhemos, brindemos também a eles!
Para mim todos os dias são os dias de mães, pais, amigos, filhos... do sol, da lua, da terra...
Estamos por cá todos os dias e é enquanto cá estamos que temos de comemorar.
Comemorar acima de tudo a vida.
Afinal somos todos irmãos!
Sílvia. Q. Sanches 31 Maio 2016
domingo, 29 de maio de 2016
Pequena Elegia Chamada Domingo
"O domingo era uma coisa pequena.
Uma coisa tão pequena
que cabia inteirinha nos teus olhos.
Nas tuas mãos
estavam os montes e os rios
e as nuvens.
Mas as rosas,
as rosas estavam na tua boca.
Hoje os montes e os rios
e as nuvens
não vêm nas tuas mãos.
(Se ao menos elas viessem
sem montes e sem nuvens
e sem rios...)
O domingo está apenas nos meus olhos
e é grande.
Os montes estão distantes e ocultam
os rios e as nuvens
e as rosas. "
Eugénio de Andrade, in 'Poesia e Prosa [1940-1980]'
Uma coisa tão pequena
que cabia inteirinha nos teus olhos.
Nas tuas mãos
estavam os montes e os rios
e as nuvens.
Mas as rosas,
as rosas estavam na tua boca.
Hoje os montes e os rios
e as nuvens
não vêm nas tuas mãos.
(Se ao menos elas viessem
sem montes e sem nuvens
e sem rios...)
O domingo está apenas nos meus olhos
e é grande.
Os montes estão distantes e ocultam
os rios e as nuvens
e as rosas. "
Eugénio de Andrade, in 'Poesia e Prosa [1940-1980]'
Pintura de Ana Paula Lopes
sábado, 28 de maio de 2016
sexta-feira, 20 de maio de 2016
quinta-feira, 19 de maio de 2016
Ambiciosa
Ambiciosa
Florbela Espanca, Charneca em Flor (1930)
Porto de Abrigo
Para aqueles fantasmas que passaram,
Vagabundos a quem jurei amar,
Nunca os meus braços lânguidos traçaram
O voo dum gesto para os alcançar...
Se as minhas mãos em garra se cravaram
Sobre um amor em sangue a palpitar...
- Quantas panteras bárbaras mataram
Só pelo raro gosto de matar!
Minha alma é como a pedra funerária
Erguida na montanha solitária
Interrogando a vibração dos céus!
O amor dum homem? - Terra tão pisada,
Gota de chuva ao vento baloiçada...
Um homem? - Quando eu sonho o amor de um Deus!...
|
Florbela Espanca, Charneca em Flor (1930)
Porto de Abrigo
sexta-feira, 13 de maio de 2016
quinta-feira, 12 de maio de 2016
...ET...
Há dias que me sinto uma autentica extraterrestre.
Completamente fora do contexto e deslocada da realidade onde vivo.
Não me identifico com nada disto.
Vou-me adaptando!
Talvez seja este o sentido da minha presença neste mundo.
Mas sempre que ouço que há vida noutro planeta... fico tão feliz!...
Afinal não estou sozinha!
Sílvia.Q.Sanches - maio 2016
Completamente fora do contexto e deslocada da realidade onde vivo.
Não me identifico com nada disto.
Vou-me adaptando!
Talvez seja este o sentido da minha presença neste mundo.
Mas sempre que ouço que há vida noutro planeta... fico tão feliz!...
Afinal não estou sozinha!
Sílvia.Q.Sanches - maio 2016
quarta-feira, 11 de maio de 2016
Invasões
As invasões fazem parte da história mundial. A cultura ibérica, tão característica é sem dúvida resultado das diversas invasões sofridas ao longo dos séculos.
Portanto, está intrínseco em cada ibérico, em cada português, o sentido invadir, sobretudo o espaço alheio.
Inevitável é, à semelhança das varias invasões históricas, uma reacção inversa como o sentido de repulsa e sobretudo de evasão, provocando enfim o desejo de autonomia.
É sempre bom ter em mente, que a lição a reter após cada grande invasão é que:
"A liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do outro."
Sílvia.Q.Sanches 10 maio 2016
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