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quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Tempestades quebram galhos

Se há dias em que o sol brilha, também os há em que o céu escurece, pressagio de tempestade.

Mesmo uma árvore robusta pode sofrer quebras, perder folhas, galhos...



Estamos em época de tempestades.

Muitas delas em pequenos copos...


Pequenas tempestades não formem elas um furacão e destrua tudo. 

Desapego

Soltar. Entregar. Deixar ir.
Deixar partir. Fluir.
Viver no presente. Sem o peso do passado.
Sem expectativas para o futuro.
Saber os nosso limites.
Somos passageiros.
Sem posses. Sem medo. Sem culpas.

domingo, 15 de outubro de 2017

...sem principio nem fim...

Titulo de um livro que leio quando preciso.
Sim, não é um romance, é um conjunto de conversas onde encontro respostas para coisas banais da vida.
A vida não é para ser entendida, eu sei. A vida é para ser vivida aproveitando cada dia, cada momento ao máximo. Não sabemos quando será o fim. Pode ser hoje, amanhã ou daqui a muito tempo, não sei. Só quero poder viver como desejo ou como penso que quero. Sem apegos. 
Soltar. Entregar. Deixar ir.
Deixar partir. Fluir.
Viver no presente. Sem o peso do passado.
Sem expectativas para o futuro.
Saber os meus limites.
Passar pela vida, como uma turista numa viagem de mochila às costas.
Sem posses. Sem medo. Sem culpas.
Apreciando apenas o vento no rosto, os cheiros, as cores, as pessoas. 
Andar sem destino mas com sentido. 
Certo ou errado? Não sei. 
Deixar para trás coisas que outrora se julgavam importantes. Soltar amarras. Abrir gaiolas. Voar e deixar voar. 
Aprender coisas novas, conhecer outras pessoas. 
Acredito que quando nos sentimos capazes deixar partir aquilo que não nos acrescenta mais nada e que não podemos mudar, nos tornamos mais fortes e capazes de encontrar a felicidade. 
A felicidade é subjectiva, eu sei. Depende das expectativas de cada um de nós perante o que se tem e o que se quer.
Querer e ter facilmente pode ser felicidade para muitos, para mim,  tem muito mais sabor quando se consegue pelo próprio esforço.
Desagrada-me o que me é oferecido sem que eu peça.
Mas também não sei pedir.
Nesta vida só temos um propósito:viver!
Não levamos mais do aquilo que vivemos, sentimos...
Coisas ficam e ou se dá por querer ou não terão qualquer sentido.
Não interessa onde nasci nem onde e quando morrerei.
Interessa viver ...sem principio nem fim... aqui e agora.


Sílvia Q.Sanches
15Outubro2017


Expectativas

Diariamente me mentalizo de que não devo viver de expectativas.
Mas é diariamente que me contrario e alimento esperanças, suposições, imagens ilusórias.
Constantemente dou comigo a esperar dos outros uma forma de retorno.
A verdade é que cada um só dá o que pode e sabe dar.
Não posso exigir nada à imagem do que espero.
Não devo.
Ninguém me pediu que eu desse.
Dei porque quis.
Não posso exigir retorno.
O retorno será espontâneo e eu devo saber aceitar.
...
Digo isto em forma de oração.
Faço-o em forma de lamento...
Talvez sem motivo, injusto para com os outros e comigo mesma... mas sentido.


Sílvia Q. Sanches
15Outubo2017


terça-feira, 15 de agosto de 2017

Zeca Afonso - Vejam Bem







Sentir o entusiasmo emotivo da liberdade merecida de jovens pais, tios, avós... gente entusiasta de camisa aberta, manga arregaçada, calça à boca sino...

Alegria de fazer parte daqueles bandos de miudagem livre, rebolando no chão, cantando os hinos da liberdade numa canção de roda.

Admirar a gente grande como heróis conquistadores de liberdade.

Participar alegremente em marchas, concertos e comícios às cavalitas de alguém ou embrulhada num xaile de lã ao colo de uma avó.

Sinto ainda a emoção geral de uma conquista da qual já só usufruí.

Falta-me a eloquência dos que outrora admirei, falta-me a presença, as conversas sem nexo e sem fim em volta de uma mesa de café numa espécie de nevoeiro de fumo de cigarros.

Lembranças de uma infância selada  com o entusiasmo geral.

Nasci livre...

Emociono-me.

Temo não saber defender a liberdade e morrer sem ela. 

terça-feira, 28 de março de 2017

Saudades de ser criança


Saudade de andar descalça e sentir cada pedrinha ou a areia da praia, umas vezes quente do sol, outras fria já ao anoitecer... tão bom! 
Sinto ainda o cheiro da areia e da maresia nas noites de nevoeiro. 
Saltava, descalça, de medão em medão como que a fugir da humidade fria da noite. 
Vigiada pela lua e pela luz do farol da Berlenga, apanhava conchinhas e atirava-as ao ar enquanto os adultos se entretinham em conversa e petiscada. 
Noites animadas, aquelas! 
Mais ainda quando as melgas, quase sempre, atraídas pela luzes das gambiarras, faziam também elas o seu petisco e eu nunca me escapava. Coçava as borbulhas até sangrar e cobria com areia para estancar, melhor cura não havia! Ficou-me entranhado na pele...
Que bem me sabia ir molhar os pés na escada escorregadia do cais. Agua fria, corrente forte, cheiro a iodo, ainda o sinto.
O sono chegava e a "birrinha" encaminhava-me à saia da avó ou ás pernas do avô. - "Anda cá menina!..." - uma mão afagava-me o cabelo áspero da areia e do sal,  e o casaco de malha da avó enrolava-se em mim até aos pés. 
Ainda de pele salgada do banho da tarde, um arrepio misto de frio e de prazer, agarrava a "Xana" por um braço, uma perna ou pelo pescoço e abraçava-a até adormecer umas vezes ao "colinho" da avó outras já na cama de lençóis de flanela pulvilhada de areia que eu levava agarrada à pele, qual croquete, qual fartura. Espoliação melhor melhor não tinha. 

Banhos intermináveis aqueles, até ficar bem salgada, engelhada e gelada com tantos pinotes, mergulhos e braçadas. Já ao sol de queixo a tremer, o doce da fartura quentinha e o leite achocolatado "Ucal" misturavam-se como salgado da boca, divino!...

Tardes perdidas a construir barraquinhas com panos e paus surripiados das barracas de praia, a fazer castelos na areia cada um maior e melhor decorado que o outro, a jogar à carica em longas pistas vincadas no areal, a lançar o papagaio ou pura e simplesmente a correr e a cantarolar de toalha enrolada na cabeça - "Na praia da Nazaré ninguém pode andar em pé..." 

Momentos mágicos, intemporais que jamais esqueço. Nenhuma criança esquece a sua infância e eu e os outros que como eu viveram ali aqueles momentos aprendemos o que é a liberdade. 

Quando for grande, quero voltar a ser criança!

Sílvia Queirós Sanches 
Texto 27 Março 2017
Pintura a pastel seco sobre papel aguarela - 2001 

quinta-feira, 9 de março de 2017

Tendências



A sociedade rege-se por tendências. 
Somos seres sociais e são poucos os que conseguem manter-se com ideias próprias o tempo todo. 
Penso até que ninguém...
Vem sempre a hora em que seguimos uma ou outra tendência, ditada por alguém influente, ou nascida de um conjunto de situações que se transformam em tendências num determinado grupo.
Veja-se uma das comparações mais pertinentes que ouvi nos últimos tempos: 
"A homossexualidade é uma moda tal e qual como o sushi. Agora toda a gente quer experimentar e uns adoram outros odeiam."
Esta analogia fez imenso sentido para mim. Este discurso pode ser considerado tendencioso, discriminatório, mas é a minha ideia. 
Conheço alguns homossexuais que respeito e de quem sou amiga, mas também vejo cada vez mais uma tendência exacerbada de se ser Gay só porque se é moderno assumir algo que nem se sabe muito bem se é mesmo aquilo que se quer para a vida.
Vejo jovens casais de lésbicas, miúdas da escola do meu filho que não se assumem como tal mas como bissexuais. O.k. , têm todo direito de experimentar , mas não sabem o que querem para assumir lá o que quer que seja. 
Da mesma forma como o sushi é considerado obrigatório num jantar entre amigos, nem que seja uma vez na vida, porque é moda, é bem e mesmo quem não gosta não quer ficar atrás dos amigos e acaba "obrigado a gostar, a "homossexualidade assumida" quase que nos impõe a obrigação de quase o ser ao ponto de um dia quem for heterossexual  é que passa a ser descriminado porque isso já não se usa.
Perdoem-me os meus e minhas amigas homossexuais, perdoem-me os que gostam de sushi tal como eu, mas a verdade é que por muito que rejeitemos ser comandados por muito que apelemos a ideias próprias, acabamos por não passar de uns meros carneiros a seguir o rebanho.

Sílvia Q. Sanches - Março 2017


(imagem retirada aleatoriamente da Internet)


quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Do querer ao poder...




Quero tudo e nada.
Não vivo o que pedi... Vivo o que tem sido possível... O que pediram por mim.
Quero viver ,  quero ser,  quero ter...  Mas quero apenas o que pedi,  não o que me querem dar. 
Ingrata?  Talvez!...
Só quero ser eu.
Posso?...



                                                                                                                                                                       Sílvia Q. Sanches 2016 

terça-feira, 26 de julho de 2016

Descendo o rio...

  



  A vida é como uma descida de rio desde a sua nascente.

Eu já atravessei pelos os rápidos cheios de pedras e perigos, ainda estou numa zona onde a força da água me arrasta, mas sei que em breve a corrente acalma eu poderei apreciar tudo o que me rodeia remando ao meu ritmo com toda a suavidade.
Ainda me aguarda uma corrente forte, talvez uns pequenos rápidos ou mesmo uma pequena cascata, mas estou confiante que conseguirei equilibrar a minha pequena canoa, descer este meu rio até à foz e entrar no mar. 

Sílvia Q. Sanches - Julho 2016

quinta-feira, 7 de julho de 2016

O Tempo que passa

O tempo tem passado e eu crescido com ele, não ao ritmo dos outros, mas ao meu...
Todos os  que de alguma forma têm feito parte da minha vida são como flores num prado colorido. Uns bem-me-querem, outros mal-me-querem, outros pouco e outros nada. 
Todos contribuíram para o meu crescimento assim com eu contribuí para o de outros. Fazemos parte de uma paisagem complexa em que cada um dos elementos é um só e que no conjunto faz um todo. 
Todos diferentes, todos iguais e sempre em metamorfose...  É num Prado verdejante que me sinto a voar feliz contra o vento... e a cada  dia num voo mais longo, mais perfeito...

Sílvia Q. Sanches 23 Julho 2013

terça-feira, 28 de junho de 2016

Ei-la

Ei-la perdida na imensidão dos sonhos,
esquecida de si... da vida...
Ei-la segura de inseguranças,
saudosa de um futuro, esperançosa do um passado
Ei-la enclausurada em normas,
amarrada a suposições.
Ei-la implodindo o ego,
explodindo de passividade...

Sílvia Sanches
Julho 2014


segunda-feira, 27 de junho de 2016

Para crescer...



Não basta plantar...

Há que regar..

cuidar...



Sílvia.Q. Sanches -  fevereiro 2015


Raízes...

O meu lugar é aqui.
Enraizada neste mundo, neste espaço...
Rodeada de flores, aves, esquilos...
Umas vezes nua, outras vestida...
Soprada pelo vento, banhada pela chuva...
O sol e a lua...
Os cânticos dos que pousam e voam...
As marcas dos que em mim habitam...
O pólen das que me rodeiam...
Aqui estou.
Daqui não saio.
                     
Sílvia Sanches 2014

Espirito livre


Os espíritos livres não são totalmente livres.
Liberdade total não existe.
Tropeça-se sempre nos grilhões da moral, da sociedade, do bom senso...



Sílvia Q. Sanches - Abril 2015



O primeiro dia de muitos primeiros últimos dias



"Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida..."assim diz a canção. 
O primeiro de muitos ou poucos nem se sabe. 
Cada dia é um dia. 
Mais um de tantos já vividos e muitos mais sobrevividos. 
Uma vida a saber a pouco, quase nada cheia de nada.

Sílvia. Q. Sanches -Julho 2015


quinta-feira, 23 de junho de 2016

Conquistas


A vida faz-se de conquistas, sem elas nada teria sentido…

A primeira conquista é a concepção, depois o nascimento, o primeiro choro (grito de liberdade), o primeiro sorriso, o primeiro passo, primeiro dente, o primeiro amigo, o primeiro dia de escola, o primeiro amor, terminar a escola, o primeiro emprego, o casamento, os filhos, uma vida boa, enfim todas as pequenas coisas são as nossas conquistas.

Há quem procure mais…

Espírito de conquista, naturalmente português!

Mas, as verdadeiras conquistas são as que se fazem interiormente, quando de um problema retiramos o que de bom ele nos trouxe e esquecemos o que não interessa.

Conquistar é olhar em volta e saber ser feliz com o que nos rodeia, não sofrer pelo que não se tem.

Grande conquista é conhecer-nos a nós próprios para depois conhecer os outros.

A maior conquista é saber viver!

Portugal é um país de conquistadores e como tal eu sou mais uma no meio de tantos outros tugas.

Gosto de conquistar!

Silvia.Q. Sanches 2014

terça-feira, 14 de junho de 2016

Sair de cena

A longa metragem, tipicamente portuguesa, corre o risco de se tornar uma infinita metragem com cenas demasiadamente longas e falas à medida do curto orçamento. 
A monótona e sensaborona história pode até ser considerada uma obra de arte. 
Alguns aplaudem, outros copiam... há até quem inveje o que julga ver. 
Na verdade,  ninguém assiste à totalidade do filme. 
Tornou-se socialmente correto apreciar historias longas, cada vez mais raras. 
O que escasseia torna-se valioso aos olhos da sociedade, mesmo que a historia seja incompreensível.
As expectativas elevam-se, o realizador perde a imaginação, ao guionista faltam as palavras e o elenco perde a cumplicidade.
A película não comporta muito mais e há que acabar com a história. 
O dilema é como acabar.
Queima-se viva a protagonista, desvendando-lhe os actos de bruxaria?
Envia-la para o desterro, deserdada de todo e todos?
Morrerá heroicamente numa batalha campal ou partirá numa fuga inglória, desaparecendo na neblina para todo o sempre? 
O publico já dorme aguardando um final um final feliz, mas há que chocar, marcar pela diferença e sair de cena sem perder o protagonismo.


Sílvia Q. Sanches - Março 2015


Mundo louco

Vivemos numa época de extremos. Do tudo ou nada....
Somos cada vez mais independentes, desligados.
A evolução tem-nos tornado nisto.
Na pré historia vivíamos em grandes grupos. Um instinto de primatas que nos mantinha em segurança e dava continuidade à espécie.
Ao longo da historia da humanidade fomos alterando os hábitos, mudando de necessidades...
De grupos grandes passaram a haver famílias...de grandes casas de família, degeneraram outras pequenas famílias... os casais com pouco mais de dois filhos... os casais com um filho... os casais com um cão ou um gato... o mono-parlamentarismo... a opção de ficar só...
Ser só por vezes parece ser a mais sábia das opções embora se tenha uma visão "da família" ainda muito vincada em cada um de nós e na sociedade em geral.
A evolução tem-nos tornado seres únicos e se "ninguém é de ninguém" para quê o sentido de posse, o sentido de "família"?
Para quê ser-se responsável por pessoas que se tornaram tóxicas na nossa vida?
Cada um evolui por si mesmo, em cada uma das suas próprias vivências, interpretando a vida da sua própria forma.
Para quê seguir grupos, lideres, famílias, normas?...
Nem todos evoluíram da mesma forma, bem sei.
A sociedade em geral retrocedeu. Manifesta-se em grandes grupos embriagados de futebol, religião, politica... influenciados pelos media, pelo "desporto", pelos reality show, pelo dinheiro, acima de tudo pelo poder!
O poder de alguém que pensa por si mesmo e que sozinho influencia uma sociedade com instintos primatas.


Sílvia.Q.Sanches - Maio 2016
  

Aquilo a que damos valor


Teatro da vida


"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios.
Por isso cante, chore, dance e viva intensamente antes que a cortina se feche"

CHAPLIN