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segunda-feira, 27 de abril de 2020

Humanização em quatro patas

Desde que saiu a nova lei sobre os direitos dos animais dotados de sensibilidade, no seio das famílias e mais recentemente sobre a exposição dos mesmos nas montras de lojas de animais e a sua venda na Internet, que me tenho debatido com ideias algo contraditórias em mim mesma.
Eu gosto de animais. Até à adolescência tive sempre cães. Tratava deles, mantinha-lhes a dignidade e higiene canina mas, cada um no seu lugar. Animais no quintal, pessoas em casa. 
Tinham ordem de entrar em casa, mas na hora de recolher, cada um para os seus lugares, eles para as suas casotas, nós para os nossos quartos. Não vejo nada de errado nisso. 
Agora assiste-se a exageros como os animais terem quase mais direitos que os humanos. 
No entanto, com tanta mudança tanto para o bem dos bichos como para negocio de outros, não vejo alterações no que é mais importante. Continua-se a levar os "filhos adoptivos" à rua para fazerem as suas necessidades. Ou seja, com tanto modernismo e cuidados não se inventou ainda forma de os nossos amigos peludos aprenderem a "cagar" em casa?
É que eu já imagino um casal com um "filho humano" a passeá-lo pela trela e a deixar a sua "poia" num qualquer terreno relvado ou numa praça com repuxos, e aparecer  um pai  a reclamar que estão a sujar o espaço onde o seu  "filho canino" brinca. 
Caricato, não?


quinta-feira, 9 de março de 2017

Tendências



A sociedade rege-se por tendências. 
Somos seres sociais e são poucos os que conseguem manter-se com ideias próprias o tempo todo. 
Penso até que ninguém...
Vem sempre a hora em que seguimos uma ou outra tendência, ditada por alguém influente, ou nascida de um conjunto de situações que se transformam em tendências num determinado grupo.
Veja-se uma das comparações mais pertinentes que ouvi nos últimos tempos: 
"A homossexualidade é uma moda tal e qual como o sushi. Agora toda a gente quer experimentar e uns adoram outros odeiam."
Esta analogia fez imenso sentido para mim. Este discurso pode ser considerado tendencioso, discriminatório, mas é a minha ideia. 
Conheço alguns homossexuais que respeito e de quem sou amiga, mas também vejo cada vez mais uma tendência exacerbada de se ser Gay só porque se é moderno assumir algo que nem se sabe muito bem se é mesmo aquilo que se quer para a vida.
Vejo jovens casais de lésbicas, miúdas da escola do meu filho que não se assumem como tal mas como bissexuais. O.k. , têm todo direito de experimentar , mas não sabem o que querem para assumir lá o que quer que seja. 
Da mesma forma como o sushi é considerado obrigatório num jantar entre amigos, nem que seja uma vez na vida, porque é moda, é bem e mesmo quem não gosta não quer ficar atrás dos amigos e acaba "obrigado a gostar, a "homossexualidade assumida" quase que nos impõe a obrigação de quase o ser ao ponto de um dia quem for heterossexual  é que passa a ser descriminado porque isso já não se usa.
Perdoem-me os meus e minhas amigas homossexuais, perdoem-me os que gostam de sushi tal como eu, mas a verdade é que por muito que rejeitemos ser comandados por muito que apelemos a ideias próprias, acabamos por não passar de uns meros carneiros a seguir o rebanho.

Sílvia Q. Sanches - Março 2017


(imagem retirada aleatoriamente da Internet)


quinta-feira, 16 de junho de 2016

Golfe & Caldo Verde

Li, recentemente numa revista:" Golfe português no top mundial. "Portugal é um dos melhores destinos mundiais de golfe", refere o gotravelinsurance.co.uk. Citando a Association of Independent Tour Operators (Aito), o site afirma: " O Algarve tem uma das maiores concentrações de campos de alta qualidade da Europa".


Aconselha-se uma visita aos campos do Estoril e Sintra."



Oh meus amigos!... Isto é um gozo à malta! Esta bem que temos de nos virar para o turismo.

Mas para quê o golfe?

Para quê campos relvados a perder de vista se nem as cabrinhas lá podem pastar sujeitas a levar com uma bolada nos "cornos".

Ponham mas é essa malta dos tacos com uma enxada na mão a fazer algo de positivo pela crise mundial na agricultura.

Se continuam a fazer campos de golfe desta maneira, e os campos de cultivo cada vez menos trabalhados qualquer dia temos mesmo de comer a relva cortadinha dos campos de golfe.

E olhem que já será muito bom, sempre passa bem por caldo verde!


Sílvia Q. Sanches - Março 2011



Limpeza das praias

É impressionante a quantidade de lixo que dá a costa. Plásticos, então, são cerca de 90% do lixo que se acumula na areia.
Enquanto apanhamos algum desse lixo fazemos também exercício físico além de contribuir com 0,000001% na limpeza da praia, mas 200% na limpeza de espírito.
Uma caminhada pela praia pode ser agradável e ao mesmo tempo produtiva. Além de se respirar o ar do mar, ao caminhar sobre a areia, podemos fazer algum exercício ao apanhar pequenas tampinhas de plástico que dão à costa, tal como se apanharia uma conchinha... Encher um saco de pequenos pedaços de plástico poderá contribuir para a felicidade de alguém e ajudará, ainda que muito pouco, a evitar o lixo no fundo do mar e nas praias.
Faça o mesmo, nem que seja uma vez, vamos ajudar-nos, ajudando! 
Influenciem amigos e familiares!


Silvia.Q.Sanches - Março 2014


terça-feira, 14 de junho de 2016

Com Papas e Golos se entretém os tolos

Voltámos a épocas passadas. Épocas em que se mantinha o povo distraído com futebol, fado e religião para enganar a fome e mascarar a miséria em que se vivia. Nada tenho contra a religião, respeito a convicção de cada um assim como gosto que respeitem a minha. O que me entristece é que com tanta evolução a fórmula é exactamente a mesma, um bocadinho mais refinada mas exactamente a mesma.

Enquanto o povinho tem estado ocupado a olhar para o Papa, com direito a “feriado” em vários sectores, vão metendo a mão no bolso de quem menos ganha. Sim, porque não são os grandes gestores e classe politica, que contribuíram maioritariamente para o estado em que se encontra a nossa economia, que vão sentir o aperto do cinto… O povinho que não sabe mais do que trabalhar e pagar para poder trabalhar é que continua a pagar, pagar, pagar…

Bem isto parece um discurso de esquerda, podia até ser, mas tal como na religião não gosto de tomar partidos, trata-se simplesmente de um lamento de quem se sente cada vez mais espezinhado pelo sistema. É triste a forma como a classe que mais produz é tratada. Mas vai-se embebedando a populaça que esquece depressa e até as calças baixa se for preciso.

O povinho entretido com o Papa e os festejos de Fátima não percebe que se gastou 750 milhões de Euros para receber o velho homem. Grandeza tal que até faz corar alguém um pouco mais atento, não sei se de raiva se desespero ou mesmo vergonha, quando se vem a saber que no final do ano os subsídios de Natal estarão comprometidos com um corte significativo como contributo no combate a crise, que o I.V.A vai aumentar sujeitando a subida dos bens alimentares e medicamentos, que o I.R.S aumenta e com menos benefícios, que os ordenados estão congelados por tempo indeterminado, que os combustíveis aumentam mesmo com o petróleo a baixar, e muito mais… Mas pior ainda é quando se sabe que o país vai ajudar a irmã Grécia e que para tal vai ter de pedir dinheiro emprestado, isto então é de gritos.

De gritos é também o facto de assistir a uma euforia exacerbada com o futebol e as vitórias de um qualquer clube e o desinteresse pelo estado em que nos encontramos. Temo que se deslocam mais pessoas aos estádios e/ou a locais onde transmitem o futebol do que as mesas de voto nas ultimas eleições.

É triste ver que o povinho se vai deixando levar pela maré e que mesmo a avizinhar-se a tempestade do século, continua impávido e sereno brincando nas ondas, cada vez mais altas, com ou sem prancha, como se nada estivesse em perigo.

A embriaguez do futebol é tamanha que o resto passa despercebido e o povo fica feliz…

Enfim, Roma antiga dava circo e pão ao seu povo, nós temos Papa e Golos!

É uma alegria!

Sílvia Q. Sanches - Maio 2010

Ser Tuga

SER PORTUGUÊS É:


Levar arroz de frango para a praia.

Guardar as cuecas velhas para polir o carro.

Lavar o carro na rua, ao domingo.

Ter pelo menos duas camisas traficadas da Lacoste e da Tommy (de cor amarelo-canário e azul-cueca).

Passar o domingo no shopping.

Tirar a cera dos ouvidos com a chave do carro ou com a tampa da esferográfica.

Ter bigode.

Viajar pró cu de Judas e encontrar outro Tuga no restaurante.

Receber visitas e mostrar a casa toda.

Enfeitar as estantes da sala com os presentes do casamento.

Exigir que lhe chamem 'Doutor'.

Exigir que o tratem por Sr. Engenheiro.

Axaxinar o Portuguex ao eskrever.

Gastar 50 mil euros no Mercedes C220 cdi, mas não comprar o kit mãos-livres, porque 'é caro'.

Já ter 'ido à bruxa'.

Filhos baptizados e de catecismo na mão, mas nunca pôr os pés na igreja.

Não ser racista, mas abrir uma excepção com os ciganos.

Ir de carro para todo o lado, aconteça o que acontecer, e pelo menos, a 500 metros de casa.

Conduzir sempre pela faixa da esquerda da auto-estrada (a da direita é para os camiões).

Cometer 3 infracções ao código da estrada, por quilómetro percorrido!!!

Ter três telemóveis.

Gastar uma fortuna no telemóvel mas pensar duas vezes antes de ir ao dentista.

Ir à bola, comprar o bilhete 'prá-geral' e saltar 'prá-central'.

Viver em casa dos pais até aos 30 anos ou mais.

Ser mal atendido num serviço, ficar lixado da vida, mas não reclamar por escrito 'porque não se quer aborrecer'.

Falar mal do Governo eleito e esquecer-se que votou nele.

Pendurar a Bandeira Portuguesa na janela enquanto decorre o Euro e, logo a seguir a acabar, tira-la logo porque "é foleiro"


Viva Portugal, carago...

terça-feira, 3 de maio de 2016

Eutanásia

Foi como profissional de saúde que testemunhei histórias de sofrimento. Assisti a momentos de profunda angústia perante a uma vida desgastada e uma morte que tardava em chegar. Situações em que, mesmo com todo o conforto e cuidados de saúde, os idosos pediam que os ajudassem a acabarem com aquele sofrimento. O medo de se tornarem um fardo para aqueles que o rodeavam estava presente a todo o momento e o direito à autodeterminação e liberdade de escolha era-lhes negado.
Quando se chega ao final da vida sem qualquer tipo de mobilidade, incapaz de comer pela própria mão ou de fazer uma qualquer das atividades da vida diária (AVD): levantar-se, lavar os dentes, vestir-se sozinho, etc… não há qualquer motivo para se permanecer a vegetar no leito de uma cama, literalmente a apodrecer. Todos temos direito a uma vida e morte digna.
Se a situação for irreversível para quê viver com o auxílio de máquinas?
 A maioria da classe médica rege-se, essencialmente, pela saúde do doente o respeito absoluto pela Vida Humana desde o seu início e em não fazer uso dos conhecimentos médicos contra as leis da Humanidade, esquecendo que também que deve zelar pela dignidade do doente e acabar com a má qualidade de vida.
Desligar as máquinas que mantêm aqueles que se encontram em morte cerebral poderá provocar sofrimento, ainda que por pouco tempo e do ponto de vista religioso é considerado usurpação do direito à vida humana, afinal, todos temos direito à vida. É necessário o consentimento do interessado e por vezes isso não acontece mas desde que não haja qualquer esperança de vida, na minha opinião, deve ouvir-se o apelo do bom senso e não deixar que o capricho da ciência se sobreponha ao verdadeiro sentido da vida. Não havendo esperança de vida, a ciência deve sim, proporcionar uma morte digna e não um prolongar do sofrimento tanto do doente como de quem o rodeia.
A legislação também não ajuda, aquele que de alguma forma ajudar um doente a acabar com o seu sofrimento, poderá ser condenado por homicídio.
A eutanásia passou da simples lei do mais forte à capacidade de compreender o sofrimento alheio em que facto de ninguém ser igual a ninguém e haver diferentes formas de encarar a morte tem tornado este tema tão polémico.
Sou a favor da eutanásia desde que a condição do doente (velho, adulto ou criança), seja bem avaliada e não haja qualquer esperança de vida digna.

Sílvia Q. Sanches - Dez 2013 

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Politiquices

Uma vez tive uma acesa discussão com um amigo, via SMS, por causa da política.
Ele acusava o Sócrates e toda a classe política por todas as nossas desgraças, mas eu discordei.
Então entrou-se num autêntico debate político.
Ele lamentava que por causa do Sócrates este país está como esta.
Eu, sem querer defender o primeiro, dizia que esse não tinha culpa das coisas estarem como estão porque afinal o problema não é de agora.
Depois ele já falava do Soares e do que o Sr. pode ter roubado ao estado para a sua fortuna pessoal e blá, blá, blá...
Eu respondi, e responderia de novo porque é esta a minha opinião para o estado da politica actual, que o problema maior não está nos políticos mas sim em nós, no povinho tuga, que só nos sabemos lamentar e criticar os outros em vez de arregaçarmos as mangas e lutarmos por um futuro mais risonho. Perdemos tempo demais a olhar para o que os outros fazem e para os seus erros, mas em vez de aprender alguma coisa com isso, limitamo-nos a dizer mal. Assim Não vamos longe. Estamos sempre a espera de subsídios, de donativos, de esmolinhas, mas fazer alguma coisa para que se deixe de depender disso, não se faz. Caramba! Está bem que a classe política não está a fazer o seu papel como deveria mas também quem os elegeu?
Queriam gente mais capaz? Então quando os nossos pais lutaram pelo 25 de Abril e conseguiram a liberdade politica só tínhamos de continuar essa luta e participarmos mais na continuidade dessa revolução, mas afinal, agimos todos como meninos que recebem uma herança sem saber saber o seu valor, e muitos estoiram-na em 3 tempos. É triste, reflectir sobre isto, porque olhando para traz vejo que tal como todos os outros eu nada fiz, entrei naquele jogo de faz como vês fazer, mas ta errado. Deram-nos uma herança, devia-mos saber geri-la.
Nada de lamentos fadados.
Nada de críticas destrutivas.
Vamos mas é começar por nos valorizar a nós próprios e por conseguinte o nosso meio, será assim tão difícil voltarmos a acreditar que somos uma grande nação?

Por isso hoje fui votar! Não sei se bem, mas votei, pronto!

Agora só tenho pena é que até para se ter um debate político com um amigo já só seja por SMS (mas também me juntei a eles), cada vez menos nos encontramos pessoalmente com os amigos, tenho saudades de estar com o pessoal, de darmos murros na mesa, de vermos as expressões de cada um, de rir-mos juntos das patetices de cada um, de bebermos um copos juntos. Andamos muito virtuais, um dia destes já nem vamos dormir com ninguém, passamos a fazer como num filme do Woody Allen em que até para se ter prazer se ligavam um fios a cabeça, entrava-se numa cabine tipo cabine de duche e passados 5 minutos saía-se de lá satisfeito!) Lol lol
Já estamos quase assim!