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segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Essência

Sou uma omenivora inveterada. Por muito que tente, nao sei  ser de outra maneira.
Bem tento fazer comida vegetariana, fugir da carne,  das "cenas" de origem animal, mas é dificil, está entranhado em mim. 
Gosto de comer o que me agrada à vista, ao olfato e ao paladar,  não sigo fundamentalismos. Afinal desde a origem que o ser humano, para sobreviver, comia o que apanhava ou caçava,  logo, é isso que faço.  
Nao concordo com com produção em massa e matança desenfreada mas também sei que para quem vive em sociedade é o que é possível.  Já não somos nomadas, nem caçamos para comer. 
Comer só de origem vegetal, no fundo vai parar ao mesmo,  afinal também se produz em massa e continua a haver excedentes que, só não são aproveitados e distribuidos pela população mais carenciada porque as políticas nao o permitem. Tem sempre de haver uma população dominante.  
É a lei do mais forte em tudo. 
Sou omenivora sim! Nao consigo viver sem os derivados do leite, sem os ovos, sem as frutas, sem os legumes, sem os peixes. Posso viver sem carnes a maior parte do tempo, mas há sempre uma altura que o corpo pede, faz parte da nossa essência. Comer de tudo sem exagero, sem gula, sem ganância, sem preconceitos ou fundamentalismos. 
Saber gerir como em tudo na vida. 
Equilíbrio.

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Asas cortadas

Ao ler o titulo : "Ame sem possuir, acompanhe sem invadir e viva sem depender"; fico com vontade de divagar sobre o tema. 
Essa é de facto a minha filosofia de vida, até porque defendo a liberdade individual e social.
Defendo a liberdade mas fico triste com os excessos, com a libertinagem. A nossa liberdade acaba onde começa a dos outros e cabe a cada um de nós zelar pelo bem de todos, nós incluidos. Por isso, quer queiramos ou não,  dependemos uns dos outros e da atitude de cada um. Se falharmos, não só falhamos com nós mesmos como com todos que, directa ou indirectamente,  dependem das nossas acções. 
Nao posso possuir,  nem quero, mas invadem-me quando sou obrigada a aceitar realidades alheias, viver suspensa e depender de acções completamente fora das expectativas. 
Suga-me energia e a capacidade de sonhar.
Na realidade "o que nos f... são as expectativas", o ideal será viver o dia a dia da melhor forma possivel. 
"Vive cada dia como se fosse o último ", mas nem isso posso, tenho de trabalhar para sobreviver, não tenho tempo de viver nem sonhar, nem tenho liberdade de viver. Sou escrava do sistema,  da sociedade, das expectativas,  minhas e dos outros. Desiludo-me a cada dia, dependo do meu trabalho, do dinheiro,  da minha saúde e dos outros, das minhas e das atitudes de todos. Sinto-me presa num estado livre. 
Com asas e sem voar. 






https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=1012448929223778&id=175390189596327

quinta-feira, 30 de abril de 2020

Ser feliz

Para sentir genuinamente a felicidade não preciso de grande coisa. Preciso apenas saber disfrutar dos pequenos momentos. Uma boa conversa, um aconchego,  uma musica agradável...e no dia a dia viver sem percalços,  com estabilidade, segura, com o que realmente importa.
Não é um armario cheio roupa que traz felicidade. Muito menos carros, casas, sapatos à dúzia.  Não é comprar a maquina x pto só porque sim, se se ja tem uma que serve para o mesmo. Trocar de mala para combinar com os sapatos, com os brincos ou com as cuecas. Encher gavetas de tretas que nunca terão serventia,  gastar apenas porque sim... casa cheia, mente vazia.
A felicidade está na simplicidade, na criatividade. Quando com a velha panela se faz a receita que todos fazem no mais moderno robot de cozinha. Transformar o velho casaco da avó num acessório de destaque. Pegar num lápis e expressar o que vai na alma. Ou simplesmente beber um copo de vinho, ouvir aquela musica, dancar... cantar... coisas simples, mostrar para quê?

domingo, 26 de abril de 2020

Propósito

Pois é, a vida é realmente uma valente treta. 
Vive-se para trabalhar, trabalhar, trabalhar. 
De vez em quando, de fugida, satisfaz-se as necessidades básicas e volta-se a trabalhar porque só se vive para isso. 
E para nos enganar a nós próprios, chamamos  isto de amor. Treta!

Para quê nos enganar-mos desta forma quando na verdade cada um vive para as suas prioridades.        Cada um por si.
Nada disto faz sentido. Vive-se de ilusões. Reza-se a um Deus imaginário e ama-se a ilusão de alguém. 
Na verdade somos apenas animais como os outros cuja existência na terra é apenas e só, nascer, procriar e morrer.

quinta-feira, 18 de abril de 2019

18

Numero dezoito, tão desejado antes da maioridade e tão saudado quando duplicado.
O meu numero, sem dúvida.
Muitos acontecimentos, tropeçaram neste numero.
A avó materna nasceu a 18 de Abril, e foi num dos seus aniversários que seu filho resgatou o bem  mais precioso da menina a quem chamo mãe. Como presente de aniversario, anos mais tarde, a neta deixou de ser menina e passou a cumprir com o pagamento da divida mensal da "mãe EVA" e com dezoito perde a pureza.
Dezoito para encontros e desencontros, idades, dias, aniversários, datas, anos...
2018, ano do Caminho, passando por um dia 18, redireccionando ideias, posições, a vida...
O "Dezoito" que continuará sempre presente marcando cada passagem, cada projecto de vida sem ser esperado mas inevitavelmente presente.

domingo, 15 de outubro de 2017

...sem principio nem fim...

Titulo de um livro que leio quando preciso.
Sim, não é um romance, é um conjunto de conversas onde encontro respostas para coisas banais da vida.
A vida não é para ser entendida, eu sei. A vida é para ser vivida aproveitando cada dia, cada momento ao máximo. Não sabemos quando será o fim. Pode ser hoje, amanhã ou daqui a muito tempo, não sei. Só quero poder viver como desejo ou como penso que quero. Sem apegos. 
Soltar. Entregar. Deixar ir.
Deixar partir. Fluir.
Viver no presente. Sem o peso do passado.
Sem expectativas para o futuro.
Saber os meus limites.
Passar pela vida, como uma turista numa viagem de mochila às costas.
Sem posses. Sem medo. Sem culpas.
Apreciando apenas o vento no rosto, os cheiros, as cores, as pessoas. 
Andar sem destino mas com sentido. 
Certo ou errado? Não sei. 
Deixar para trás coisas que outrora se julgavam importantes. Soltar amarras. Abrir gaiolas. Voar e deixar voar. 
Aprender coisas novas, conhecer outras pessoas. 
Acredito que quando nos sentimos capazes deixar partir aquilo que não nos acrescenta mais nada e que não podemos mudar, nos tornamos mais fortes e capazes de encontrar a felicidade. 
A felicidade é subjectiva, eu sei. Depende das expectativas de cada um de nós perante o que se tem e o que se quer.
Querer e ter facilmente pode ser felicidade para muitos, para mim,  tem muito mais sabor quando se consegue pelo próprio esforço.
Desagrada-me o que me é oferecido sem que eu peça.
Mas também não sei pedir.
Nesta vida só temos um propósito:viver!
Não levamos mais do aquilo que vivemos, sentimos...
Coisas ficam e ou se dá por querer ou não terão qualquer sentido.
Não interessa onde nasci nem onde e quando morrerei.
Interessa viver ...sem principio nem fim... aqui e agora.


Sílvia Q.Sanches
15Outubro2017


quinta-feira, 23 de março de 2017

O Sr Menino

"O menino é mau!"

Dizia o menino grande, com boquinha de mimo, sempre que fazia alguma asneira menos própria para a sua idade.
Homem a quem roubaram a infância, tendo que se "safar" desde que se deu como gente.
Menino que nunca deixou de sonhar e que até o dever levava a brincar.
Senhor de artes e ofícios, artimanhas e engenhocas, capaz de idealizar e construir os mais variados engenhos. 
Brinquedos, que nunca teve em menino, tornou reais em adulto e a brincar fez deles o seu negócio, e voou. 
Foi feliz fazendo felizes outros meninos... e as mães dos meninos... e as avós... as tias... as primas…
Desbocado galhofeiro, capaz de transformar o mais horrendo palavrão num elogio carinhoso, cantarolava e assobiava qual canário, qual “Rouxinol Faduncho” que ao jeito de “José Lito”, cantava “Lá Piconera” acompanhado da sua castanhola improvisada com a prótese, que passava mais tempo nas mãos que na própria boca.
O melhor da vida era uma mesa farta rodeada de família e amigos: "Comam, bebam!" Palavra de ordem daquela autoridade, condecorado com as belas medalhas das guerras comensais, e o seu velho boné à marinheiro “engatatão”. Com o seu ar de rezingão, lá ia comandando as tropas com os seus gritos de guerra. “É-mi-si-mi-não-mi” soava ao ronronar do gatinho que se tenta acalmar e “Ão Ão Ão” cachorrinho a pedir festinhas… Encantador, de espírito livre, alma grande em envolcro pequeno… “Homem pequeno ou velhaco ou dançarino”… também gostava de dançar!... “Queirosito” Sr menino, Sr Queirós o fotografo, homem das “redes macaenses, para as portas e contra o mau olhado”. 
Ladino, lutador, de garra, projectos e sonhos, tantos que nem todos realizou, o corpo não deixou.
A vida fê-lo assim e assim o levou.

Sílvia Queirós Sanches – Ao meu avô – Março 2017





domingo, 19 de março de 2017

Tolerância Quase a Zero

Estou a atingir uma idade em que o depósito de tolerância começa a entrar na reserva. Como terei de guardar essa reserva para situações mesmo importantes, terei de fazer uma melhor gestão das pessoas e situações que me desgastem sem razão. Gradualmente tenho sido mais exigente ao ponto de me fazer rodear apenas de quem me acrescenta alguma coisa de positivo.
O meu crescimento pessoal, depende acima de tudo das boas relações temperadas de positivismo e espírito de entreajuda. Afinal as relações humanas,  longe de serem um “toma lá, dá cá”, vão além de qualquer bem material.
A sociedade cada vez mais complexa rege-se muitas vezes nos interesses pessoais cada vez mais individualistas. A competitividade e a ânsia de poder, tomaram conta do dia a dia de todos nós.
Há quem tente controlar o companheiro por medo de o perder, pais que super protegem os filhos, amigos que dominam amigos com medo da solidão...
Nas relações interpessoais pesa sempre uma dose de egoísmo do qual somos conscientes mas que vamos suportando.
Contudo, tenho aprendido a construir relações positivas e a dar valor ao que realmente tem importância.
Não se trata somente de me afastar de todos aqueles “que não nos acrescentam nada”. A vida real não é como nas redes sociais, não se pode pura e simplesmente “eliminar amigos”.
Também não posso apagar do meu dia a dia alguns familiares, ou colegas de trabalho negativos, derrotistas ou críticos, ou mesmo alguém  que tenha de encarar diariamente.
Simplesmente, não lhes dou a importância que merecem ou julgam merecer. Evito que me afectem emocionalmente, fazendo uso de uma certa dose de assertividade (nem sempre a desejável).
Às personalidades mesmo tóxicas, o melhor remédio é não lhes dar poder. Nada como marcar limites e definir bem as regras de forma a não entrar em stress por antecipação. Não é fácil, mas é possível!
Nem sempre é possível controlar quem entra ou sai das nossa vidas, mas temos de ter a capacidade e a responsabilidade de decidir quem se mantém no nosso coração.
Regras básicas para manter os níveis de tolerância:

  •  Manter relações saudáveis
Fala-se muito da importância de “evitar apegos“. Na verdade, a essência está em saber diferenciar os apegos que nos provocam sofrimento, dos apegos saudáveis, onde se constroem os vínculos de crescimento.
– Nada como favorecer apegos apoiados na confiança e não na ansiedade e no medo de sermos abandonados ou traídos. É vital que exista uma harmonia apoiada na maturidade e no respeito mútuo.
  •  Saber satisfazer as necessidades básicas
Seria como colocar uma venda nos olhos negar que todos temos necessidades. A importância de alguém nas nossas vidas, quer queiramos ou não, depende do adequado intercâmbio de ganhos pessoais.
– Um respeito mútuo e a segurança de que não vamos ser julgados ou rejeitados por exprimir o que pensamos.
– Partilha de afecto: a sensação de cumplicidade que desfrutamos com nossas amizades, o carinho altruísta dos nossos companheiros… demonstrar afecto de forma livre e espontânea.
Bases que enriquecem qualquer tipo de relação positiva.
  • Resolução de problemas
Quando se tem um problema, há sempre alguém que ao invés de contribuir com estratégias, ou simplesmente colocar-se no nosso lugar, nos recrimina pelos detalhes mais sórdidos.
São essas pessoas que, longe de ajudar, nos afundam  ainda mais.
Tentar manter a distância nestes casos, e escolher bem a quem pedir auxilio nesses momentos.
As relações positivas têm como base a harmonia interna onde os problemas, longe de ser obstáculos, são oportunidades pessoais de oferecer ajuda, aprender e fortalecer ainda mais os nossos vínculos.
  • As relações positivas toleram os erros
Se alguém próximo não aceita o facto de que tenhamos cometido certos erros, não será uma relação saudável, nem emocionalmente segura.
-Eliminar as relações onde não cabem erros, onde não se concede a oportunidade de ser melhor.
Todos nós nos enganamos, erramos, assumimos falhas e seguimos no sentido do crescimento pessoal.
Todos aqueles que gostam de nós como nós somos, com mais defeitos ou virtudes, manias e grandezas, são pessoas que contribuem com o que eu considero de positivo para uma vida feliz e equilibrada.

É de gente bonita, positiva e espontânea que quero estar rodeada, os restantes fiquem nos seus lugares e não se metam na minha vida, obrigada!

Sílvia Q. Sanches - Março 2017

quinta-feira, 9 de março de 2017

Tendências



A sociedade rege-se por tendências. 
Somos seres sociais e são poucos os que conseguem manter-se com ideias próprias o tempo todo. 
Penso até que ninguém...
Vem sempre a hora em que seguimos uma ou outra tendência, ditada por alguém influente, ou nascida de um conjunto de situações que se transformam em tendências num determinado grupo.
Veja-se uma das comparações mais pertinentes que ouvi nos últimos tempos: 
"A homossexualidade é uma moda tal e qual como o sushi. Agora toda a gente quer experimentar e uns adoram outros odeiam."
Esta analogia fez imenso sentido para mim. Este discurso pode ser considerado tendencioso, discriminatório, mas é a minha ideia. 
Conheço alguns homossexuais que respeito e de quem sou amiga, mas também vejo cada vez mais uma tendência exacerbada de se ser Gay só porque se é moderno assumir algo que nem se sabe muito bem se é mesmo aquilo que se quer para a vida.
Vejo jovens casais de lésbicas, miúdas da escola do meu filho que não se assumem como tal mas como bissexuais. O.k. , têm todo direito de experimentar , mas não sabem o que querem para assumir lá o que quer que seja. 
Da mesma forma como o sushi é considerado obrigatório num jantar entre amigos, nem que seja uma vez na vida, porque é moda, é bem e mesmo quem não gosta não quer ficar atrás dos amigos e acaba "obrigado a gostar, a "homossexualidade assumida" quase que nos impõe a obrigação de quase o ser ao ponto de um dia quem for heterossexual  é que passa a ser descriminado porque isso já não se usa.
Perdoem-me os meus e minhas amigas homossexuais, perdoem-me os que gostam de sushi tal como eu, mas a verdade é que por muito que rejeitemos ser comandados por muito que apelemos a ideias próprias, acabamos por não passar de uns meros carneiros a seguir o rebanho.

Sílvia Q. Sanches - Março 2017


(imagem retirada aleatoriamente da Internet)


terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Responsabilidades

A vida é feita de apegos e desapegos e há que fazer escolhas.
O que foi ontem não é hoje e o que é hoje poderá não ser amanhã. Estamos em permanente mudança e isso faz parte da evolução de cada um de nós.
Somos o que somos e sem mudar a nossa essência podemos mudar de gostos, vontades… faz parte do crescimento individual.
Fazemos parte de um todo, uma sociedade com regras, dogmas, imposições várias. Mas nada nem ninguém poderá impedir outro alguém de tentar encontrar o seu próprio caminho.
Ainda que aos olhos dos outros o caminho não seja o melhor, cabe ao próprio decidir isso.
Cada um é dono de si e a responsabilidade das suas escolhas cabe-lhe a si mesmo. Ninguém se deve sentir responsável por ninguém.
A partir do momento em que os pássaros aprendem a voar e a procurar a sua própria comida, são postos fora do ninho e levados a construir o seu próprio abrigo, cada um por si.
Proteger as “crias” em exagero, dado-lhes de comer ao invés de as ensinar a pescar é, na minha opinião, dos piores erros que a sociedade atual comete. Cuidado e preocupação sim, carregar filhos crescidos capazes de fazer meninos, não. 
Somos responsáveis pelos filhos enquanto menores, ainda assim esses, também têm a sua personalidade, e se não a têm, estará na hora de estimular isso. 
O mesmo digo com a preocupação pelos mais próximos. Por vezes há a tendência em decidir pelos outros coisas que só eles podem decidir. Minguem é responsável por ninguém, repito, cada um que decida por si e para si. Nada de esperar nada de ninguém. Vamos lá ser responsáveis!



Sílvia Q. Sanches 07 Fevereiro 2017

terça-feira, 28 de junho de 2016

Bagagem


É nos caminhos da vida que vamos apurando o auto conhecimento, levando de cada etapa a bagagem suficiente para enfrentar a próxima corrida... Nem muito pesada nem leve demais.

Sílvia. Q. Sanches 2013

Ei-la

Ei-la perdida na imensidão dos sonhos,
esquecida de si... da vida...
Ei-la segura de inseguranças,
saudosa de um futuro, esperançosa do um passado
Ei-la enclausurada em normas,
amarrada a suposições.
Ei-la implodindo o ego,
explodindo de passividade...

Sílvia Sanches
Julho 2014


segunda-feira, 27 de junho de 2016

Raízes...

O meu lugar é aqui.
Enraizada neste mundo, neste espaço...
Rodeada de flores, aves, esquilos...
Umas vezes nua, outras vestida...
Soprada pelo vento, banhada pela chuva...
O sol e a lua...
Os cânticos dos que pousam e voam...
As marcas dos que em mim habitam...
O pólen das que me rodeiam...
Aqui estou.
Daqui não saio.
                     
Sílvia Sanches 2014

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Conquistas


A vida faz-se de conquistas, sem elas nada teria sentido…

A primeira conquista é a concepção, depois o nascimento, o primeiro choro (grito de liberdade), o primeiro sorriso, o primeiro passo, primeiro dente, o primeiro amigo, o primeiro dia de escola, o primeiro amor, terminar a escola, o primeiro emprego, o casamento, os filhos, uma vida boa, enfim todas as pequenas coisas são as nossas conquistas.

Há quem procure mais…

Espírito de conquista, naturalmente português!

Mas, as verdadeiras conquistas são as que se fazem interiormente, quando de um problema retiramos o que de bom ele nos trouxe e esquecemos o que não interessa.

Conquistar é olhar em volta e saber ser feliz com o que nos rodeia, não sofrer pelo que não se tem.

Grande conquista é conhecer-nos a nós próprios para depois conhecer os outros.

A maior conquista é saber viver!

Portugal é um país de conquistadores e como tal eu sou mais uma no meio de tantos outros tugas.

Gosto de conquistar!

Silvia.Q. Sanches 2014

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Em frente...

Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade.
Tento alcançar isso todos os dias abstraindo-me das mesquinhices, de que tanto se ocupam varias pessoas. Prefiro ser distraída e viver de bem com o mundo do que demasiado atenta e viver a lamentar o mais insignificante dos problemas.
Peço apenas ao cosmos a energia certa para seguir o meu caminho com paz e amor junto de todos que me querem bem, porque eu quero bem a todos.

Sílvia Q. Sanches - Junho 2012

Palhaços

Adoro Carnaval! Sempre adorei. Vivo o ano inteiro a projectar fantasias de Carnaval, tudo que vejo fora do comum digo logo que pode ser uma ideia boa para uma mascara. Enfim cada maluco sua mania, eu vivo a tara do Carnaval, a quem tenha taras piores!
Já vivi imensas personagens, (sim vivi, porque eu quando me mascaro é a valer, encarno o personagem que estou a vestir), mas a personagem que me diverte mais e com que me sinto à vontade é o palhaço. Já representei vários palhaços, ricos, pobres, tristes, trapalhões, criativos, fantasiosos, só de palhaço tenho uns quantos fatos.
Eu vibro com toda a fantasia do Carnaval e quem me conhece sabe bem do que estou a falar, acho que volto a ser uma menina vivo esses 3 dias e 4 noites em autentica euforia, fico doente se não posso aproveitar esses momentos.
Mas os palhaços...
De palhaço sinto-me livre, digo o que me apetece e ninguém leva a mal, até acham piada! Eu brinco, danço, rio e não sei, mas parece que acordo toda a alegria que existe dentro de mim, mas com o fato vestido e a cara pintada! É que palhaços somos todos, uns mais que outros e também há quem queira fazer de nós palhaços mas isso dispenso. Só sou palhaça quando me apetece e para me divertir, os palhaços do circo é que se vestem para divertir os outros, às vezes sabe-se lá com que vontade, coitados. E o público diverte-se muito, fica muito bem-disposto mas depois vai-se embora e o palhaço fica ali, sozinho. O público até pode voltar porque gostou do espectáculo, pode até ter saudades do que viu, mas não sabe nada do palhaço. Se está feliz, se triste, como vive ou se sente. Ele é que tem de preocupar-se em divertir os outros mas ninguém pensa em diverti-lo a ele.
É triste ser-se palhaço! Especialmente no circo da vida! No Carnaval é-se palhaço porque se quer, e isso é bom! Eu adoro!
Não me queiram é fazer de palhaça!

Sílvia Q. Sanches - Janeiro 2010

segunda-feira, 13 de junho de 2016

O estranho caso do Ser e do Ter



Unidos à nascença. Amigos inseparáveis.
Ser, filho pródigo de boas famílias, amado e super protegido, porém inseguro, medroso, libertino e mal entendido pela sociedade. 
Ter, quase nado morto, reanimado ao ultimo momento, de condição humilde, habituado a transformar fraquezas em forças, conquistador de pequenas batalhas, bem aceite socialmente.
Não vivem um sem o outro. Embora discordem frequentemente.  
Não sabem é que ocupam os lugares errados.
Ser, mais forte do que se julga, porém diminuído pelas normas sociais criadas por outros Teres, influencia, no entanto, Ter a tornar-se forte. Tão forte que o próprio Ser se esquece de si mesmo e do que o move. 
Ter, mesmo sabendo que se pode sucumbir a qualquer momento, sente-se forte. Suas conquistas tornam-no forte e bem visto aos olhos alheios. Mas sem Ser, Ter não é ninguém e não pode viver muito tempo.
Ser, com tempo, pode ganhar confiança e continuar a ajudar Ter, numa união sadia, será só uma questão de equilíbrio.
Ter terá de ceder. E Ser terá de se impor.

Sílvia Q. Sanches, jan 2016.
                                                                                                                                                                Imagem retirada da Net

Estar ou não estar... eis a questão!


Quando se chega a uma idade em que já pouco mais há para descobrir do mundo que se conhece. Quando já nem há paciência para apreciar os pequenos pormenores caindo-se no isolamento...talvez do próprio conhecimento. No egocentrismo, por assim dizer!...

E egocentrismo não tem que ser propriamente conotado com algo de negativo. O auto conhecimento é necessário, e uma pitada de egoísmo faz parte da lista de condimentos para um bom cozinhado pessoal.

Viver a vida a agradar os outros,  mostrando que se é valente, capaz de ultrapassar obstáculos, resolvendo os problemas alheios e sem conseguir alcançar o sentimento mais profundo de si mesmo é triste. É morrer aos poucos.
É como viver numa casca, num casulo, sem nunca desabrochar. 

Há momentos para tudo e que por mais perfeccionismo possa haver, há sempre algo que pode correr mal. O inesperado!

E o castelo de cartas desmorona-se...

Seria maravilhoso um mundo perfeito.
Mas a perfeição não existe e o entendimento é utópico.

Sílvia Q. Sanches - Nov 2015

imagem retirada da Net

Conversar

Na verdade não falamos com os outros.
Falamos sim, com nós próprios.
Em contrapartida ouvir o próximo é ouvir a própria consciência.
Conversar, portanto é uma forma de auto-conhecimento.
E há sempre tanto por descobrir!

Sílvia Q. Sanches  - Jan 2016
                                                                                                                                                     imagem retirada da Net

Evolução?...

Li um artigo que me despertou para o que se pode chamar a "EVOLUÇÃO" do amor.
Diz a musica que "Já não há canções de amor como havia antigamente..."
É verdade que vivemos na época das selfies, do mostrar no facebook o quão "feliz" se está, do "auto conhecimento" e do desapego. Tal é moda que o verdadeiro sentido de cada uma dessas coisas deixa de ser real. 
Vivemos permanentemente numa montra. As relações tornam-se descartáveis. E se num dia o amor sai pelos poros, converte-se, vertiginosamente, em ódio ou desprezo, à primeira contrariedade.
Ou se ama ou já não se ama. Quase ninguém deseja a felicidade do outro. Pensa-se que desejar a felicidade do outro é incompatível com o alcance da nossa própria felicidade. O egocentrismo cego prolifera por aí e os valores da amizade e do amor ao próximo vão ficando cada vez mais ténues. 
Assusta cada vez mais a capacidade humana de converter amor em ódio, o querer bem em desprezo, o apego em maldizer. As fotos românticas são substituídas por indirectas ácidas, e as declarações de amor por palavras amargas e cheias de mágoa.
Os poemas de amor passaram à historia, tornaram-se "pirosos"... mas na verdade, todos ansiamos viver essas histórias procurando as primaveras incessantemente sem querer passar pelas outras estações tão ou mais importantes. 
A Fruta de cada época deve ser comida no momento certo. E a tendência é a produção em estufa e garantir doçura ainda que sinteticamente. 
Esta é a tendência!
Será isto a evolução?
É para isto que cá andamos? 



Silvia.Q.Sanches - Abril 2016