segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Essência

Sou uma omenivora inveterada. Por muito que tente, nao sei  ser de outra maneira.
Bem tento fazer comida vegetariana, fugir da carne,  das "cenas" de origem animal, mas é dificil, está entranhado em mim. 
Gosto de comer o que me agrada à vista, ao olfato e ao paladar,  não sigo fundamentalismos. Afinal desde a origem que o ser humano, para sobreviver, comia o que apanhava ou caçava,  logo, é isso que faço.  
Nao concordo com com produção em massa e matança desenfreada mas também sei que para quem vive em sociedade é o que é possível.  Já não somos nomadas, nem caçamos para comer. 
Comer só de origem vegetal, no fundo vai parar ao mesmo,  afinal também se produz em massa e continua a haver excedentes que, só não são aproveitados e distribuidos pela população mais carenciada porque as políticas nao o permitem. Tem sempre de haver uma população dominante.  
É a lei do mais forte em tudo. 
Sou omenivora sim! Nao consigo viver sem os derivados do leite, sem os ovos, sem as frutas, sem os legumes, sem os peixes. Posso viver sem carnes a maior parte do tempo, mas há sempre uma altura que o corpo pede, faz parte da nossa essência. Comer de tudo sem exagero, sem gula, sem ganância, sem preconceitos ou fundamentalismos. 
Saber gerir como em tudo na vida. 
Equilíbrio.

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Asas cortadas

Ao ler o titulo : "Ame sem possuir, acompanhe sem invadir e viva sem depender"; fico com vontade de divagar sobre o tema. 
Essa é de facto a minha filosofia de vida, até porque defendo a liberdade individual e social.
Defendo a liberdade mas fico triste com os excessos, com a libertinagem. A nossa liberdade acaba onde começa a dos outros e cabe a cada um de nós zelar pelo bem de todos, nós incluidos. Por isso, quer queiramos ou não,  dependemos uns dos outros e da atitude de cada um. Se falharmos, não só falhamos com nós mesmos como com todos que, directa ou indirectamente,  dependem das nossas acções. 
Nao posso possuir,  nem quero, mas invadem-me quando sou obrigada a aceitar realidades alheias, viver suspensa e depender de acções completamente fora das expectativas. 
Suga-me energia e a capacidade de sonhar.
Na realidade "o que nos f... são as expectativas", o ideal será viver o dia a dia da melhor forma possivel. 
"Vive cada dia como se fosse o último ", mas nem isso posso, tenho de trabalhar para sobreviver, não tenho tempo de viver nem sonhar, nem tenho liberdade de viver. Sou escrava do sistema,  da sociedade, das expectativas,  minhas e dos outros. Desiludo-me a cada dia, dependo do meu trabalho, do dinheiro,  da minha saúde e dos outros, das minhas e das atitudes de todos. Sinto-me presa num estado livre. 
Com asas e sem voar. 






https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=1012448929223778&id=175390189596327