Há dias tristes, que não se gosta de nada, de ninguém.
Nem do próprio ser.
Coloca-se em causa a própria existência, e a forma como se vive.
Há dias em que o mundo desaba e todas as luzes se apagam. Nem do próprio ser.
Coloca-se em causa a própria existência, e a forma como se vive.
Dias de autentica solidão.
Mas ninguém está só!
Existe sempre alguém com situações idênticas e "Qui sait" piores.
Então, é nesse momento que se começa a vislumbrar uma luzinha.
Olha-se para uma criança na rua e sorri-se.
Aquela nuvem que passa, que gira, até parece uma girafa!
Passa aquela música na rádio que já não se ouvia há séculos. (Velhos tempos!)
Passa-se por um campo repleto de margaridas (que bela foto se tirava!).
Admira-se a imensidão do mar.
O abraço de um filho num chegar a casa…
Retomam-se forças.
Levanta-se a cabeça.
Enche-se o peito de ar.
As luzes acendem-se.
Segue-se em frente.
A vida continua…
Sílvia Q. Sanches 2009