A longa metragem, tipicamente portuguesa, corre o risco de se tornar uma infinita metragem com cenas demasiadamente longas e falas à medida do curto orçamento.
A monótona e sensaborona história pode até ser considerada uma obra de arte.
Alguns aplaudem, outros copiam... há até quem inveje o que julga ver.
Na verdade, ninguém assiste à totalidade do filme.
Tornou-se socialmente correto apreciar historias longas, cada vez mais raras.
O que escasseia torna-se valioso aos olhos da sociedade, mesmo que a historia seja incompreensível.
As expectativas elevam-se, o realizador perde a imaginação, ao guionista faltam as palavras e o elenco perde a cumplicidade.
A película não comporta muito mais e há que acabar com a história.
O dilema é como acabar.
Queima-se viva a protagonista, desvendando-lhe os actos de bruxaria?
Envia-la para o desterro, deserdada de todo e todos?
Morrerá heroicamente numa batalha campal ou partirá numa fuga inglória, desaparecendo na neblina para todo o sempre?
O publico já dorme aguardando um final um final feliz, mas há que chocar, marcar pela diferença e sair de cena sem perder o protagonismo.
Sílvia Q. Sanches - Março 2015
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