segunda-feira, 13 de junho de 2016

Evolução?...

Li um artigo que me despertou para o que se pode chamar a "EVOLUÇÃO" do amor.
Diz a musica que "Já não há canções de amor como havia antigamente..."
É verdade que vivemos na época das selfies, do mostrar no facebook o quão "feliz" se está, do "auto conhecimento" e do desapego. Tal é moda que o verdadeiro sentido de cada uma dessas coisas deixa de ser real. 
Vivemos permanentemente numa montra. As relações tornam-se descartáveis. E se num dia o amor sai pelos poros, converte-se, vertiginosamente, em ódio ou desprezo, à primeira contrariedade.
Ou se ama ou já não se ama. Quase ninguém deseja a felicidade do outro. Pensa-se que desejar a felicidade do outro é incompatível com o alcance da nossa própria felicidade. O egocentrismo cego prolifera por aí e os valores da amizade e do amor ao próximo vão ficando cada vez mais ténues. 
Assusta cada vez mais a capacidade humana de converter amor em ódio, o querer bem em desprezo, o apego em maldizer. As fotos românticas são substituídas por indirectas ácidas, e as declarações de amor por palavras amargas e cheias de mágoa.
Os poemas de amor passaram à historia, tornaram-se "pirosos"... mas na verdade, todos ansiamos viver essas histórias procurando as primaveras incessantemente sem querer passar pelas outras estações tão ou mais importantes. 
A Fruta de cada época deve ser comida no momento certo. E a tendência é a produção em estufa e garantir doçura ainda que sinteticamente. 
Esta é a tendência!
Será isto a evolução?
É para isto que cá andamos? 



Silvia.Q.Sanches - Abril 2016 

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