quinta-feira, 30 de junho de 2016

Anti...

Em dia em que o país pára em frente aos televisores de fundo verde, numa embriaguês cega e desmedida de patriotismo futebolístico, perco-me por um deserto imenso, despovoado. Antipatriota, anti nacionalista ou qualquer outro adjectivo que defina, anti carneirismo, anti social, individualista, apátrida...aqui estou eu!
Apátrida pode ser um pouco forte, mas define bem o desligar das tradições, normas sociais e politicas. O fugir de convenções e dogmas, seguindo uma vontade própria. 
Partir sem pátria, família, ou qualquer outro tipo de ancora e ser o que quero, o que penso, o que entendo por existir.
Ovelha negra?
Talvez!
Recuso gritar golo quando todos se levantam extasiados com um qualquer remate numa baliza. Desconheço regras e tácticas de jogo e qualquer tipo de termo futebolístico... 
Não conheço nomes, e de equipas nem quero saber.
Demonstrações de força, poder, para mim, não passam de rituais primatas que apenas se foram moldando à "evolução", mas a essência continua. 
Falaria agora de tanta coisa em torno destas "batalhas campais", capaz até de tropeçar nas minhas próprias ideias e contrapor-me... A verdade é sou do contra. Anti futebol. e hoje estou sozinha nesta minha luta... 


Sílvia Q. Sanches - junho 2016

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