Na verdade, parece que
continuamos na idade media.
Evoluiu-se em tanta coisa, construíram-se
prédios, estradas, passeios, os planos de ordenação a funcionarem e tantos
espaços inaugurados ou reinaugurados em vésperas de eleições… mas o essencial
parece que continua por resolver, a limpeza.
Por vezes até me parece pior. Porque
quando era pequena ainda via os varredores nas ruas efetivamente a limpar e a
lavar com grandes mangueiras e agulhetas potentes. Agora os poucos varredores
que vejo, fazem cocegas às pedras das calçadas deixando na mesma a sujidade por
onde passam.
Antes também era usual ver o
pessoal do comercio, e até de casas particulares, limparem o espaço a frente
das suas portas. Agora não vejo nada disso.
Por onde passo, vejo passeios
negros e cheios de dejetos, cantos, pilares e postes negros do sarro de urina
de animais.
E não me digam que são os cães
abandonados, porque não há cães a solta nas ruas da cidade.
Apetecia-me andar com um pulverizador
cheio de lixívia a lavar esses locais, mas não faria outra coisa.
Bem no centro da cidade, em
frente ao município, não se precisa ser um grande observador para ver um desses
exemplos. As arcadas em frente ao “Novo Banco”, estão imundas. Provavelmente a
responsabilidade da limpeza será do condomínio do prédio ou do próprio banco,
mas é um local publico com imenso movimento, com espaços de restauração nas
imediações, gente que entra e sai, que passa, passeia... há os turistas… e que
bilhete postal!
Tem sido feito muito em termos de
modernização, mas a evolução tem desviado a atenção para outros assuntos que não
a higiene e isso não se resolve com uma aplicação de telemóvel, mas sim com
medidas profundas de hábitos de saneamento.
Portanto senhores das entidades responsáveis
e comuns dos cidadãos, eu inclusive, por favor retirem os olhos dos telemóveis, não é só falar do lixo dos oceanos, vejam o que vos rodeia, há muito para fazer em terra.