sexta-feira, 4 de outubro de 2019

O voltar à Idade Média



Na verdade, parece que continuamos na idade media.
Evoluiu-se em tanta coisa, construíram-se prédios, estradas, passeios, os planos de ordenação a funcionarem e tantos espaços inaugurados ou reinaugurados em vésperas de eleições… mas o essencial parece que continua por resolver, a limpeza.
Por vezes até me parece pior. Porque quando era pequena ainda via os varredores nas ruas efetivamente a limpar e a lavar com grandes mangueiras e agulhetas potentes. Agora os poucos varredores que vejo, fazem cocegas às pedras das calçadas deixando na mesma a sujidade por onde passam.
Antes também era usual ver o pessoal do comercio, e até de casas particulares, limparem o espaço a frente das suas portas. Agora não vejo nada disso.
Por onde passo, vejo passeios negros e cheios de dejetos, cantos, pilares e postes negros do sarro de urina de animais.
E não me digam que são os cães abandonados, porque não há cães a solta nas ruas da cidade.
Apetecia-me andar com um pulverizador cheio de lixívia a lavar esses locais, mas não faria outra coisa.
Bem no centro da cidade, em frente ao município, não se precisa ser um grande observador para ver um desses exemplos. As arcadas em frente ao “Novo Banco”, estão imundas. Provavelmente a responsabilidade da limpeza será do condomínio do prédio ou do próprio banco, mas é um local publico com imenso movimento, com espaços de restauração nas imediações, gente que entra e sai, que passa, passeia... há os turistas… e que bilhete postal!
Tem sido feito muito em termos de modernização, mas a evolução tem desviado a atenção para outros assuntos que não a higiene e isso não se resolve com uma aplicação de telemóvel, mas sim com medidas profundas de hábitos de saneamento.
Portanto senhores das entidades responsáveis e comuns dos cidadãos, eu inclusive, por favor retirem os olhos dos telemóveis, não é só falar do lixo dos oceanos, vejam o que vos rodeia, há muito para fazer em terra. 

Sem comentários:

Enviar um comentário