segunda-feira, 27 de abril de 2020

Humanização em quatro patas

Desde que saiu a nova lei sobre os direitos dos animais dotados de sensibilidade, no seio das famílias e mais recentemente sobre a exposição dos mesmos nas montras de lojas de animais e a sua venda na Internet, que me tenho debatido com ideias algo contraditórias em mim mesma.
Eu gosto de animais. Até à adolescência tive sempre cães. Tratava deles, mantinha-lhes a dignidade e higiene canina mas, cada um no seu lugar. Animais no quintal, pessoas em casa. 
Tinham ordem de entrar em casa, mas na hora de recolher, cada um para os seus lugares, eles para as suas casotas, nós para os nossos quartos. Não vejo nada de errado nisso. 
Agora assiste-se a exageros como os animais terem quase mais direitos que os humanos. 
No entanto, com tanta mudança tanto para o bem dos bichos como para negocio de outros, não vejo alterações no que é mais importante. Continua-se a levar os "filhos adoptivos" à rua para fazerem as suas necessidades. Ou seja, com tanto modernismo e cuidados não se inventou ainda forma de os nossos amigos peludos aprenderem a "cagar" em casa?
É que eu já imagino um casal com um "filho humano" a passeá-lo pela trela e a deixar a sua "poia" num qualquer terreno relvado ou numa praça com repuxos, e aparecer  um pai  a reclamar que estão a sujar o espaço onde o seu  "filho canino" brinca. 
Caricato, não?


Sem comentários:

Enviar um comentário