Com os pés na areia surgem duvidas, reflexões, ideias... como grãos de areia. Sobre a areia viajo para onde a imaginação me leva. De pés na areia mantenho-me de pé... Caminho à beira deste mar, medito, escrevo e partilho ideias. Assim me vou descobrindo.
sexta-feira, 1 de julho de 2016
quinta-feira, 30 de junho de 2016
Anti...
Em dia em que o país pára em frente aos televisores de fundo verde, numa embriaguês cega e desmedida de patriotismo futebolístico, perco-me por um deserto imenso, despovoado. Antipatriota, anti nacionalista ou qualquer outro adjectivo que defina, anti carneirismo, anti social, individualista, apátrida...aqui estou eu!
Apátrida pode ser um pouco forte, mas define bem o desligar das tradições, normas sociais e politicas. O fugir de convenções e dogmas, seguindo uma vontade própria.
Partir sem pátria, família, ou qualquer outro tipo de ancora e ser o que quero, o que penso, o que entendo por existir.
Ovelha negra?
Talvez!
Recuso gritar golo quando todos se levantam extasiados com um qualquer remate numa baliza. Desconheço regras e tácticas de jogo e qualquer tipo de termo futebolístico...
Não conheço nomes, e de equipas nem quero saber.
Demonstrações de força, poder, para mim, não passam de rituais primatas que apenas se foram moldando à "evolução", mas a essência continua.
Falaria agora de tanta coisa em torno destas "batalhas campais", capaz até de tropeçar nas minhas próprias ideias e contrapor-me... A verdade é sou do contra. Anti futebol. e hoje estou sozinha nesta minha luta...
Sílvia Q. Sanches - junho 2016
segunda-feira, 27 de junho de 2016
Raízes...
O meu lugar é aqui.
Enraizada neste mundo, neste espaço...
Rodeada de flores, aves, esquilos...
Umas vezes nua, outras vestida...
Soprada pelo vento, banhada pela chuva...
O sol e a lua...
Os cânticos dos que pousam e voam...
As marcas dos que em mim habitam...
O pólen das que me rodeiam...
Aqui estou.
Daqui não saio.
Sílvia Sanches 2014
Enraizada neste mundo, neste espaço...
Rodeada de flores, aves, esquilos...
Umas vezes nua, outras vestida...
Soprada pelo vento, banhada pela chuva...
O sol e a lua...
Os cânticos dos que pousam e voam...
As marcas dos que em mim habitam...
O pólen das que me rodeiam...
Aqui estou.
Daqui não saio.
Sílvia Sanches 2014
Gaiola...
https://eraumavezlaranja.wordpress.com/2013/07/15/foi-costurando-passaros-dentro-de-mim-que-me-tornei-uma-gaiola/
foi assim que me tornei óbvio
Foi costurando pássaros dentro de mim que me tornei uma gaiola…
foi assim que me tornei óbvio
choquei um ovo
e dele nasceu minha tristeza.
Foi despedindo das flores
que me tornei um vaso,
foi assim que me tornei imóvel
gote-ei-me, enferrujei, desconstruí
e senti saudades de amar.
Foi antecipando a vida
que aprendi a morrer
foi assim que me tornei um sonho
sonhei, cai e levantei
olhei em volta e estava distante de mim
Foi sorrindo simpaticamente
que me tornei um molde
foi assim que me tornei um porco-da-índia
apaixonei-me por um poeta e me dei descarga
na terceira margem de um poema.
Pablo Rezende
domingo, 26 de junho de 2016
Subscrever:
Mensagens (Atom)