quinta-feira, 30 de junho de 2016

Anti...

Em dia em que o país pára em frente aos televisores de fundo verde, numa embriaguês cega e desmedida de patriotismo futebolístico, perco-me por um deserto imenso, despovoado. Antipatriota, anti nacionalista ou qualquer outro adjectivo que defina, anti carneirismo, anti social, individualista, apátrida...aqui estou eu!
Apátrida pode ser um pouco forte, mas define bem o desligar das tradições, normas sociais e politicas. O fugir de convenções e dogmas, seguindo uma vontade própria. 
Partir sem pátria, família, ou qualquer outro tipo de ancora e ser o que quero, o que penso, o que entendo por existir.
Ovelha negra?
Talvez!
Recuso gritar golo quando todos se levantam extasiados com um qualquer remate numa baliza. Desconheço regras e tácticas de jogo e qualquer tipo de termo futebolístico... 
Não conheço nomes, e de equipas nem quero saber.
Demonstrações de força, poder, para mim, não passam de rituais primatas que apenas se foram moldando à "evolução", mas a essência continua. 
Falaria agora de tanta coisa em torno destas "batalhas campais", capaz até de tropeçar nas minhas próprias ideias e contrapor-me... A verdade é sou do contra. Anti futebol. e hoje estou sozinha nesta minha luta... 


Sílvia Q. Sanches - junho 2016

terça-feira, 28 de junho de 2016

Bagagem


É nos caminhos da vida que vamos apurando o auto conhecimento, levando de cada etapa a bagagem suficiente para enfrentar a próxima corrida... Nem muito pesada nem leve demais.

Sílvia. Q. Sanches 2013

Ei-la

Ei-la perdida na imensidão dos sonhos,
esquecida de si... da vida...
Ei-la segura de inseguranças,
saudosa de um futuro, esperançosa do um passado
Ei-la enclausurada em normas,
amarrada a suposições.
Ei-la implodindo o ego,
explodindo de passividade...

Sílvia Sanches
Julho 2014


segunda-feira, 27 de junho de 2016

Never...


Para crescer...



Não basta plantar...

Há que regar..

cuidar...



Sílvia.Q. Sanches -  fevereiro 2015


Raízes...

O meu lugar é aqui.
Enraizada neste mundo, neste espaço...
Rodeada de flores, aves, esquilos...
Umas vezes nua, outras vestida...
Soprada pelo vento, banhada pela chuva...
O sol e a lua...
Os cânticos dos que pousam e voam...
As marcas dos que em mim habitam...
O pólen das que me rodeiam...
Aqui estou.
Daqui não saio.
                     
Sílvia Sanches 2014

Gaiola...

https://eraumavezlaranja.wordpress.com/2013/07/15/foi-costurando-passaros-dentro-de-mim-que-me-tornei-uma-gaiola/



Foi costurando pássaros dentro de mim que me tornei uma gaiola…

 

Foi costurando pássaros dentro de mim que me tornei uma gaiola*imagem: Mariana Palova
foi assim que me tornei óbvio
choquei um ovo
e dele nasceu minha tristeza.
Foi despedindo das flores
que me tornei um vaso,
foi assim que me tornei imóvel
gote-ei-me, enferrujei, desconstruí
e senti saudades de amar.
Foi antecipando a vida
que aprendi a morrer
foi assim que me tornei um sonho
sonhei, cai e levantei
olhei em volta e estava distante de mim
Foi sorrindo simpaticamente
que me tornei um molde
foi assim que me tornei um porco-da-índia
apaixonei-me por um poeta e me dei descarga
na terceira margem de um poema.
Pablo Rezende

Desapego


Espirito livre


Os espíritos livres não são totalmente livres.
Liberdade total não existe.
Tropeça-se sempre nos grilhões da moral, da sociedade, do bom senso...



Sílvia Q. Sanches - Abril 2015



O primeiro dia de muitos primeiros últimos dias



"Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida..."assim diz a canção. 
O primeiro de muitos ou poucos nem se sabe. 
Cada dia é um dia. 
Mais um de tantos já vividos e muitos mais sobrevividos. 
Uma vida a saber a pouco, quase nada cheia de nada.

Sílvia. Q. Sanches -Julho 2015


quinta-feira, 23 de junho de 2016

Conquistas


A vida faz-se de conquistas, sem elas nada teria sentido…

A primeira conquista é a concepção, depois o nascimento, o primeiro choro (grito de liberdade), o primeiro sorriso, o primeiro passo, primeiro dente, o primeiro amigo, o primeiro dia de escola, o primeiro amor, terminar a escola, o primeiro emprego, o casamento, os filhos, uma vida boa, enfim todas as pequenas coisas são as nossas conquistas.

Há quem procure mais…

Espírito de conquista, naturalmente português!

Mas, as verdadeiras conquistas são as que se fazem interiormente, quando de um problema retiramos o que de bom ele nos trouxe e esquecemos o que não interessa.

Conquistar é olhar em volta e saber ser feliz com o que nos rodeia, não sofrer pelo que não se tem.

Grande conquista é conhecer-nos a nós próprios para depois conhecer os outros.

A maior conquista é saber viver!

Portugal é um país de conquistadores e como tal eu sou mais uma no meio de tantos outros tugas.

Gosto de conquistar!

Silvia.Q. Sanches 2014