terça-feira, 13 de outubro de 2009

De Filha a Mãe

Uma manhã com a minha mãe.
Fomos as compras!
Ou melhor, ver as montras!
Comprámos umas coisitas só para encher o ego, mas o que apetecia era comprar o centro comercial inteiro. Consumistas!!!!!!;P

Numa loja de roupa de criança a minha mãe, enternecida ao ver a roupinha de menina (bebe), começou a dizer o que diz muitas vezes, que agora eu tenho de tratar de fazer uma menina para ela a vestir com aquelas roupinhas tão fofinhas. Eu, sarcasticamente disse-lhe que podia comprar a vontade, que depois vestiam-se ao boneco careca que guardei da minha infância e que parece um autêntico bebé. Fui um pouco brusca, mas ela já esta habituada a filha que tem...
Mais a frente tornou a falar no assunto e eu respondi que estou velha para ter mais filhos (não que não me apetecesse tê-los mas a vida não permite), que já não me apetecia e que não estava para isso. Mais uma vez fui bruta, mas é um assunto que me toca, deixa-me desconfortável. Então disse, ao mesmo tempo que pensava, como é meu costume: -Um dia adopto uma menina!
E é verdade, para quê parir, se há tantas crianças abandonadas a precisar de alguém que lhes queira bem. Até acho um acto egoísta querer colocar mais crianças no mundo quando há tantas a precisar de uma oportunidade para serem amadas. Até li hoje no jornal que foi encontrado um bebé recém-nascido dentro de uma mala de viagem junto a um contentor, que mãe é aquela? Já que essas mães não sabem amar os filhos, ao menos que haja alguém que os ame como amam ou amariam os seus próprios filhos.
Confesso, se eu tivesse possibilidades adoptaria uma ou duas crianças e dar-lhes-ia todo amor que elas aguentassem assim como ao meu filho que tanto amo.

Portanto, não me venham com tratamentos caríssimos de infertilidade e fecundações assistidas e outros métodos que não me lembro agora, respeito é certo, mas se cada casal que não consegue ter filhos adoptasse uma criança abandonada as instituições não estariam tão cheias e não se ouviria falar tanto em casos de delinquência infantil por este mundo fora.
É o que penso!

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