segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Asas cortadas

Ao ler o titulo : "Ame sem possuir, acompanhe sem invadir e viva sem depender"; fico com vontade de divagar sobre o tema. 
Essa é de facto a minha filosofia de vida, até porque defendo a liberdade individual e social.
Defendo a liberdade mas fico triste com os excessos, com a libertinagem. A nossa liberdade acaba onde começa a dos outros e cabe a cada um de nós zelar pelo bem de todos, nós incluidos. Por isso, quer queiramos ou não,  dependemos uns dos outros e da atitude de cada um. Se falharmos, não só falhamos com nós mesmos como com todos que, directa ou indirectamente,  dependem das nossas acções. 
Nao posso possuir,  nem quero, mas invadem-me quando sou obrigada a aceitar realidades alheias, viver suspensa e depender de acções completamente fora das expectativas. 
Suga-me energia e a capacidade de sonhar.
Na realidade "o que nos f... são as expectativas", o ideal será viver o dia a dia da melhor forma possivel. 
"Vive cada dia como se fosse o último ", mas nem isso posso, tenho de trabalhar para sobreviver, não tenho tempo de viver nem sonhar, nem tenho liberdade de viver. Sou escrava do sistema,  da sociedade, das expectativas,  minhas e dos outros. Desiludo-me a cada dia, dependo do meu trabalho, do dinheiro,  da minha saúde e dos outros, das minhas e das atitudes de todos. Sinto-me presa num estado livre. 
Com asas e sem voar. 






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