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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

É quase Natal

Esta vida passa num instante. Passa tão depressa que nem nos damos conta que envelhecemos sem gozarmos o melhor que temos, as coisas simples da vida.
Trabalhar para atingir e manter o que a sociedade nos impõe e nunca chegar a alcançar o que realmente procuramos, a verdadeira felicidade!
Trabalha-se uma vida inteira em nome de uma carreira, uma família, para um carro, uma casa, um status...e o que se consegue? Felicidade? Não me parece que felicidade seja só isso. Temos de nos sentir bem nós mesmos e só assim poderemos encontrar disposição para a verdadeira felicidade.

Levantamo-nos e aos filhos a correr, vestimo-nos e a eles a correr, comemos a correr quando comemos, vamos a correr pôr os filhos a escola, despedimo-nos deles a correr, vamos para o trabalho a correr, trabalhamos a correr, almoçamos a correr, a tarde passa a correr e voltamos a ir buscar os meninos a correr porque temos de ir comprar qualquer coisa para o jantar a correr e faze-lo também a correr. Ir para a escola a correr comendo qualquer coisa a correr pelo caminho e depois de um serão que passa a correr com matéria dada a correr, voltamos para casa e dormimos a correr para no outro dia voltar a acordar a correr e voltar a corrida do dia a dia...
Será isso que andamos a procura?
Para quê procurar ter mais e mais?
Não estará a felicidade na simplicidade da vida? Na simplicidade das coisas e das pessoas?

Pois mais uma semana passou, já é sexta-feira, e já estamos quase no Natal, de novo. Mais um ano quase passado...

Medos

Nem todos os dias acordamos com a mesma disposição, é certo.
Também é certo que ninguém consegue manter sempre o mesmo humor o tempo todo.
Variações de humor fazem parte da natureza humana, eu sei!
Agora o que eu tenho medo é das minhas variações tão repentinas, assusta-me, pronto!
Assim como tenho dias em que vivo com muita intensidade tudo o que faço, tenho outros em que me borrifo redondamente para tudo o que me rodeia e vivo apenas porque estou viva e tenho de viver.
Assim como tenho dias em que acordo com toda a energia do mundo para fazer desporto, brincar com o meu filho, trabalhar, enfim, tudo… tenho outros que só me apetece ficar na cama e dormir, dormir, dormir…
Sempre fui temperamental, mas com o avançar dos anos, os problemas diários, os stresses da vida, tem-se agravado, e não ando a gostar.
Tenho dias que não gosto mesmo nada de mim.
Quem esta perto de mim é que me atura. E não esta certo.
Tenho-me questionado, ultimamente, sobre tudo isto e se não andarei a precisar de uma ajudinha profissional. Mas também me considero suficientemente forte para saber superar esse tipo de problemas sem me deixar ir abaixo. Acho!
A uns tempos dei comigo a chorar compulsivamente ao ver a reportagem que deu na SIC sobre a bipolaridade. Não sei porque mas não gostei das coincidências. Não quero pensar no assunto, não quero mesmo! Mas fiquei muito apreensiva com isso.
Mas a vida continua, não é?

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

É preciso coerência...

Um dia destes chamaram-me a atenção para a coerência.
Que é preciso coerência nos actos e no que se diz, e que eu por vezes sou incoerente.
Fiquei a pensar nisso até hoje e resolvi "esmiuçar" a palavra coerência para ver se entendia bem a acusação que em tudo me parecia injusta.

Comecei por ver no dicionário que diz: Coerência 1 Ligação ou harmonia entre dois factos ou duas ideias; lógica; conexão; 2 regularidade no modo de agir, de sentir, etc. * Coerência textual propriedade de um texto que garante a sua unidade global e que depende tanto da intencionalidade do autor/locutor como da capacidade e das estratégias interpretativas do leitor/receptor.

Coerênte aquele que age com coerência.

Bem, vamos lá ver então se sou coerente neste meu pensamento.
*Dois factos, duas situações idênticas e a mesma forma de pensar (objectivo: não querer guerras e provocações) é ser incoerente?
*Deixar sempre claro que não gosto que me manipulem é não ser coerente?
*Saltar de uma situação que só iria provocar dor e sofrimento a muita gente, especialmente aos que mais se preza, é não ter coerência?
Pois de facto se calhar não fui realmente coerente comigo própria quando acreditei que podia transformar uma ilusão numa realidade e quando me deixei levar por mentes argutas que me toldaram temporariamente a minha verdadeira essência.
Posso não ser coerente em tudo o que penso ou faço, mas no meu entender, mudar de opinião em relação a um determinado assunto não é ter falta de coerência, é simplesmente evoluir, ou então a ciência e até a língua com que nos expressamos seriam igualmente incoerentes, ou estarei eu a cometer uma incoerência com esta minha linha de pensamento?
Há uma coisa de que me orgulho de ser mesmo coerente, é o facto de ser um espírito livre e não deixar que me privem de pensar como penso. Sou complexa, é certo, mas quem me conhece verdadeiramente sabe que o que eu procuro é amizades sem qualquer interesse e em que a harmonia contagie todos quanto me rodeiam sem qualquer esforço.

Sou uma lírica, eu sei! Se isso é ser incoerente então eu sou.

Mas o que é preciso é ser coerente, de preferência com nós próprios e com os que queremos ver bem.