Com os pés na areia surgem duvidas, reflexões, ideias... como grãos de areia. Sobre a areia viajo para onde a imaginação me leva. De pés na areia mantenho-me de pé... Caminho à beira deste mar, medito, escrevo e partilho ideias. Assim me vou descobrindo.
sexta-feira, 3 de junho de 2016
terça-feira, 31 de maio de 2016
Dia dos irmãos
Comemora-se hoje o dia dos irmãos.
Urra irmãos!...
E se os amigos são os irmãos que escolhemos, brindemos também a eles!
Para mim todos os dias são os dias de mães, pais, amigos, filhos... do sol, da lua, da terra...
Estamos por cá todos os dias e é enquanto cá estamos que temos de comemorar.
Comemorar acima de tudo a vida.
Afinal somos todos irmãos!
Sílvia. Q. Sanches 31 Maio 2016
domingo, 29 de maio de 2016
Pequena Elegia Chamada Domingo
"O domingo era uma coisa pequena.
Uma coisa tão pequena
que cabia inteirinha nos teus olhos.
Nas tuas mãos
estavam os montes e os rios
e as nuvens.
Mas as rosas,
as rosas estavam na tua boca.
Hoje os montes e os rios
e as nuvens
não vêm nas tuas mãos.
(Se ao menos elas viessem
sem montes e sem nuvens
e sem rios...)
O domingo está apenas nos meus olhos
e é grande.
Os montes estão distantes e ocultam
os rios e as nuvens
e as rosas. "
Eugénio de Andrade, in 'Poesia e Prosa [1940-1980]'
Uma coisa tão pequena
que cabia inteirinha nos teus olhos.
Nas tuas mãos
estavam os montes e os rios
e as nuvens.
Mas as rosas,
as rosas estavam na tua boca.
Hoje os montes e os rios
e as nuvens
não vêm nas tuas mãos.
(Se ao menos elas viessem
sem montes e sem nuvens
e sem rios...)
O domingo está apenas nos meus olhos
e é grande.
Os montes estão distantes e ocultam
os rios e as nuvens
e as rosas. "
Eugénio de Andrade, in 'Poesia e Prosa [1940-1980]'
Pintura de Ana Paula Lopes
sábado, 28 de maio de 2016
sexta-feira, 20 de maio de 2016
quinta-feira, 19 de maio de 2016
Ambiciosa
Ambiciosa
Florbela Espanca, Charneca em Flor (1930)
Porto de Abrigo
Para aqueles fantasmas que passaram,
Vagabundos a quem jurei amar,
Nunca os meus braços lânguidos traçaram
O voo dum gesto para os alcançar...
Se as minhas mãos em garra se cravaram
Sobre um amor em sangue a palpitar...
- Quantas panteras bárbaras mataram
Só pelo raro gosto de matar!
Minha alma é como a pedra funerária
Erguida na montanha solitária
Interrogando a vibração dos céus!
O amor dum homem? - Terra tão pisada,
Gota de chuva ao vento baloiçada...
Um homem? - Quando eu sonho o amor de um Deus!...
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Florbela Espanca, Charneca em Flor (1930)
Porto de Abrigo
sexta-feira, 13 de maio de 2016
quinta-feira, 12 de maio de 2016
...ET...
Há dias que me sinto uma autentica extraterrestre.
Completamente fora do contexto e deslocada da realidade onde vivo.
Não me identifico com nada disto.
Vou-me adaptando!
Talvez seja este o sentido da minha presença neste mundo.
Mas sempre que ouço que há vida noutro planeta... fico tão feliz!...
Afinal não estou sozinha!
Sílvia.Q.Sanches - maio 2016
Completamente fora do contexto e deslocada da realidade onde vivo.
Não me identifico com nada disto.
Vou-me adaptando!
Talvez seja este o sentido da minha presença neste mundo.
Mas sempre que ouço que há vida noutro planeta... fico tão feliz!...
Afinal não estou sozinha!
Sílvia.Q.Sanches - maio 2016
quarta-feira, 11 de maio de 2016
Invasões
As invasões fazem parte da história mundial. A cultura ibérica, tão característica é sem dúvida resultado das diversas invasões sofridas ao longo dos séculos.
Portanto, está intrínseco em cada ibérico, em cada português, o sentido invadir, sobretudo o espaço alheio.
Inevitável é, à semelhança das varias invasões históricas, uma reacção inversa como o sentido de repulsa e sobretudo de evasão, provocando enfim o desejo de autonomia.
É sempre bom ter em mente, que a lição a reter após cada grande invasão é que:
"A liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do outro."
Sílvia.Q.Sanches 10 maio 2016
segunda-feira, 9 de maio de 2016
Português pelo mundo
Fala-se
português em vários países africanos (os PALOPS), continente
americano (Brasil) e Asia (Macau, India e Indonésia e até Malaca).
São nove os países de língua oficial portuguesa. Portugal, Brasil,
Angola, Moçambique, S. Tomé, Cabo-Verde, Timor, Guiné Bissau e
mais recentemente Guiné Equatorial, tudo países descobertos e
ocupados na época dos descobrimentos e onde o testemunho português
foi bem vincado. Assim como nas regiões onde o português já não é
a língua oficial mas onde é reconhecido como uma referência
cultural.
Os
Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOPS) são Angola,
Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Moçambique.
Unem-se a Portugal através da história e têm vindo a desenvolver
alguns acordos ao nível do Ensino Superior, na atribuição de
bolsas e de vagas, nomeadamente através do funcionamento de
Comissões Paritárias (Socioeconómico).
CPLP
– Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, criada em Novembro
de 1989, por ocasião da realização do primeiro encontro dos Chefes
de Estado e de Governo dos países de Língua Portuguesa, como o nome
indica unidos pelo idioma comum e por uma visão compartilhada do
desenvolvimento e da democracia.
O Instituto Camões foi criado para a promoção da língua portuguesa
e da cultura portuguesa no exterior. É uma organização pública,
mas autónoma na administração do património cultural da língua
portuguesa. Espalha-se pelo mundo em vários pólos de formação, não
só nos países de língua oficial portuguesa como nos países onde
há presença de portugueses.
Um
dos monumentos deixado pelos portugueses no mundo é em o forte Nossa
Senhora da Vitória em Ormuz antigo entreposto marítimo, à entrada
do Golfo Pérsico, tomado por Afonso de Albuquerque em 1507, que iniciou a edificação do Forte que foi
aba depois,
consequência do “Motim dos Capitães”. Um marco importante da breve presença portuguesa.
Em suma, presença portuguesa no mundo está muito vincada tanto a
através da língua como culturalmente, e nas importantes edificações
em pontos estratégicos nas rotas comerciais. A cultura portuguesa
está presente na história mundial não só devido aos
descobrimentos como aos movimentos migratórios do povo português
que desde a epopeia que mudou a história global sempre procurou
novos mundos contribuindo com a cultura da alma lusa.
Sílvia. Q. Sanches 2013
Sílvia. Q. Sanches 2013
sábado, 7 de maio de 2016
Recordações
Vivia perto da escola, e nas férias ia brincar no
pátio do recreio. Não havia vedações altas nem portões fechados
à chave. Os meninos iam para a escola a pé, e tinham a chave de
casa. Eu até já sabia estrelar um ovo e fritar umas salsichas, caso
a minha mãe não chegasse a casa a tempo de me fazer almoço.
Durante a tarde frequentava o ATL do Colégio Ramalho Ortigão. Fazia
os deveres da escola mas o sentido estava sempre na brincadeira, no
mundo de fantasia, de princesas e rainhas, filhas e mães, guerreiros
do espaço, imitando uma série televisiva da época Star Trek. Gostava de protagonizar a Maya, uma das tripulantes da nave espacial
Enterprise
e vulcaniana como o Mr Spock. Transformava-se nas mais variadas
criaturas e isso fascinava qualquer criança.
Os
nossos Walkie-talkies, telefones portáteis, armas laser, etc. eram
nada mais que pedaços de cadeiras velhas amontoadas num dos cantos
do recreio. Neles desenhávamos com canetas de feltro, as teclas,
ecrãs e botões especiais de laser imaginários. Não tínhamos
“Magalhães”, “Play-Stations”, “Nintendo DS”, Tablets, nem
sonhávamos que um dia iríamos andar com um pequeno aparelho, chamado telemóvel no
bolso, muito menos Iphones, e que tudo isso iria mudar as nossas vidas. O telefone era um
objeto raro, nem todos o tinham em casa, já inventávamos aparelhos
fantásticos, que nenhuma criança dos dias de hoje se atreveria
sequer a sonhar porque com tanta escolha, tanta variedade, eles nem
precisam sonhar. Antes de imaginarem já têm à disposição.
Sou
de uma geração feliz, que brincava na rua, subia aos muros,
percorria o bairro de bicicleta e jogava à macaca e ao pião no meio
da estrada. Temo por uma geração em que os meninos não têm
liberdade, não podem sair de casa ou da escola sem a companhia de um
adulto, são impedidos de criar livremente e até a comida é
geneticamente manipulada, não se sabendo ainda o que pode provocar
no futuro. Já para não falar da sua vida social, tão diferente da
que tínhamos. Hoje tão solitários agarrados a sistemas virtuais.
Será que os meus netos serão gerados via Internet?
Silvia.Q.Sanches 8-01-2014
Silvia.Q.Sanches 8-01-2014
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