Mostrar mensagens com a etiqueta Meditando. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Meditando. Mostrar todas as mensagens

domingo, 4 de março de 2012

Regresso

Tenho andado distante, distraída, talvês mais ocupada com outras formas de viver.
Com os pés na areia passei também a entrar no mar e deixar todos os lamentos lá... com ele, o mar.
Deixei de verbalizar o que sinto a viver alguns momentos com mais intensidade.
Continuo a apreciar a essencia de amizade e é isso que me rege e seguirei para todo o sempre.

Há momentos indescritiveis, só vivendo...

Aqui continuarei apenas a juntar grãos de areia e  conchinhas que vou colhendo na minha caminhada de pés n`areia...

sábado, 21 de agosto de 2010

Perfeição

"Tudo quanto fazemos, na arte ou na vida, é a cópia imperfeita do que pensámos em fazer. Desdiz não só da perfeição externa, senão da perfeição interna; falha não só à regra do que deveria ser, senão à regra do que julgávamos que poderia ser. Somos ocos não só por dentro, senão também por fora, párias da antecipação e da promessa"


Fonte: "Livro do Desassossego"

Autor: Fernando Pessoa

quinta-feira, 24 de junho de 2010

O silencio das palavras...

“Durante a leitura, a amizade é reconduzida à sua pureza primordial…


O Ambiente dessa amizade pura é o silêncio, mais do que a palavra.”

Marcel Proust, O Elogio da Leitura



Ao ler um texto, uma carta ou mesmo um livro não só se lê o texto com se capta nas entrelinhas a essência da mensagem. Ou há empatia entre a narrativa e o leitor ou não haverá leitura possível e sem a leitura não haverá amizade. Essa amizade pura que no silêncio da leitura encontra em cada palavra, em cada frase conforto, afecto, sintonia…

Fantasiada ou real, uma amizade com base na escrita-leitura é intemporal, haverá sempre um leitor, um amigo, alguém que simpatiza com a história sem interesse, sem necessidade de agradar. Ou se lê e se gosta nascendo daí a tal empatia ou não interessa e não se dá importância.

Ao contrário uma amizade baseada em palavras ditas, uma amizade em tempo real desvanece ao primeiro silêncio, a primeira palavra menos bem escolhida ou rebuscada que como se diz por aí: “Palavras, leva-as o vento!”

É uma amizade diferente, com outro tipo de cuidados, cheia de dedos, não querendo magoar quem interage na relação, ao contrário da intemporal que se lê e se estuda cada palavra que se modela a interpretação de cada leitor.

É no silêncio que se encontra a pureza e o verdadeiro sentido das palavras.

domingo, 2 de maio de 2010

O Silencio II

Ainda sobre o silencio, encontrei este artigo navegando por aí, e por ser bastante interessante e de certa forma se enquadrar no texo que publiquei a dias, publico-o.
O teu silêncio magoa-me


É o prelúdio do fim de uma relação? Um sinal de desprezo? O ignorar dos sentimentos do outro?

O silêncio é frio… glacial


O silêncio é frio… glacial. Quebramos o silêncio como se estilhaçássemos um objecto de cristal. Ou rompemo-lo como se nos desembaraçássemos de algo que nos asfixia. Não há nada mais desagradável numa relação a dois. Um belo dia, entre um homem e uma mulher, instala-se o silêncio. Quem é que o provocou? E agora, como escorraçá-lo? Primeiro há que tentar decifrá-lo, pois o silêncio é também uma forma de comunicação. O silêncio pode significar intimidação, respeito, mas também hostilidade ou desdém, medo e desinteresse. Entre duas pessoas que se querem, o silêncio nunca foi de ouro, contrariando o provérbio popular. É quase sempre sinónimo de solidão e de dor, de um problema mal resolvido. E se a situação de incomunicabilidade se passar debaixo do mesmo tecto, pior ainda.

A crise do silêncio tem de ter um motivo e ser passível de análise. Só através do diálogo podemos perceber as razões subjacentes à atitude. O que nos impede de falarmos como dois adultos civilizados? Talvez o orgulho ou o medo de reconhecer os próprios erros, não querer dar o braço a torcer, e a vaidade de querer ter sempre razão. Ou o medo de não sermos compreendidos. No fundo, uma chuva de motivos que nos bloqueiam. Seria sensato pensarmos que dialogar é diferente de discutir. Num diálogo, é necessário falar e saber ouvir. Alguém disse um dia que o diálogo é uma estrada de duplo sentido e não uma via única. Convém perceber as ideias e os argumentos apresentados, fazer um esforço de compreensão e não se artilhar para um ataque impiedoso. Aí, já entramos no campo da discussão. Entre dois egos orgulhosos não é possível chegar ao diálogo, mas antes ao solilóquio do arrasamento, do estilo: “és tão infantil”. Este tipo de comentários magoa e enraivece. A discussão é uma luta que só permite um vencedor. Já o diálogo proporciona uma linguagem mais tranquila porque ambos estão sintonizados na afinação do problema, mantêm uma abertura face à crise.

Apenas o diálogo vence o silêncio. No entanto, este tem de ser feito de autenticidade. Só com o diálogo, podemos descobrir o que se passa na mente do outro, os porquês do silêncio. Para que o casal cresça, ambos têm de renunciar ao orgulho, à detenção da verdade única. Ter uma pessoa a partilhar a nossa vida é algo maravilhoso, já que ninguém gosta de estar sozinho. Daí que tenhamos de aprender a lidar com opiniões diferentes da nossa sem que isso seja uma derrota, mas antes uma experiência enriquecedora. Se fôssemos felizes sozinhos não procurávamos parceiros. Mas um casal não constitui por si só a felicidade à prova do silêncio. As crises surgem inadvertidamente e há que saber sará-las com carinho e respeito.

Tipos de silêncio

. Punitivo. Surge como punição do outro, ignorando-o totalmente.

. Culpado. É um mecanismo de defesa, quando um dos parceiros tem a consciência pesada

. Ofendido. Como retaliação a uma grosseria

. Tédio. Surge quando já não há afinidade, o projecto de vida em comum deixou de fazer sentido para ambos

. Intimidado. Acontece quando se receia ser julgado

. Implicativo. Visa somente picar o outro

. SOS. É um pedido de ajuda e de atenção

. Magoado. Nasce de situações desagradáveis e pode transformar-se em rancor e raiva

. Defensivo. Próprio dos tímidos e dos mais frágeis

. Desesperado. É o último recurso para quem sente que já esgotou todas as palavras

. Indiferente. O pior de todos. Acontece quando já tudo morreu na relação

. Desprezo. É uma amargura que não se verbaliza, mas agride

. Chegámos ao fim. Quando não se tem coragem para pôr fim a uma relação, o silêncio significa: “Se não te atendo, se não te procuro, é porque tudo acabou”

. Birra. Algo imaturo mas pouco danoso, porque passageiro

. Controlador. Falso mistério que apenas visa prender o outro à curiosidade de um mutismo inexplicável

. Sádico. Praticado por pessoas que sentem prazer em torturar as outras pelo gosto de um jogo perverso

www.maxima.pt

quinta-feira, 18 de março de 2010

Família Feliz







Este título recorda-me um menu de restaurante chinês.

Menu esse que consiste numa pequena variedade de especialidades, sempre acompanhadas do arroz chau-chau, e que se destina a preencher a mesa de uma família chinesa em dia de festa. Essa ementa, equilibrada como é, sacia um pequeno grupo sem chegar a enjoar. Ao contrário das refeições ocidentais mais concretamente, as portuguesas, a comida chinesa alimenta contendo todos os nutrientes necessários para uma alimentação agradavelmente equilibrada. Nunca chegando a enjoar nem a fazer mal quando ingerida nas doses sugeridas nos menus chineses: - Família feliz para 6 pessoas. – Família feliz para 8 pessoas… e por aí…

Há também que ache pouco a encomende um menu de 8 pessoas apenas para dois ou três comensais e é isso que faz mal como em tudo na vida.

Tudo aquilo que passe das medidas torna-se prejudicial.

Família feliz tem de ser realmente equilibrada. Nem com intensidade a mais nem a menos, o bastante para se manterem todos unidos sem se anularem uns aos outros. Manter um equilíbrio entre os elementos sem excessos.

Equilíbrio é o essencial.

Por isso se diz que os opostos se atraem.

Na cultura chinesa dá-se valor as coisas simples comparando-as muito sabia-mente com a vida.

Família feliz é, nada mais, nada menos que, o equilíbrio harmonioso entre vários elementos.

Sem dúvida que isso sim, é um dos conceitos de felicidade.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Ha dias assim...


Quando se acorda com vontade de fugir do mundo.
Quando se passa o dia com a mania da perseguição e que se acha que tudo e todos estão contra nós. Quando se olha ao espelho e se vê apenas uma sombra daquilo que alguma vez se foi.
Se sofre o desgosto de tentar vestir umas calças que já não passam da anca e se leva o dia a puxar a camisola para baixo de tão justa que está.
Quando já não se consegue controlar a quantidade de chocolate ingerido nem se é capaz de combater o vício da gula.
Quando se perde a vontade de fazer algo de positivo, e já não se tem forcas para qualquer tipo de exercício físico.
Quando já nem as aparências se mantêm e o alheamento impera…
Há tristeza, vergonha, incapacidade de gerir a própria existência.


Há dias assim.

Dias ruins.

O melhor é caminhar a beira mar e… Gritar, nem que seja com o mar.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Essencia da vida

Corrente de palavras


Fado
Vidas desfeitas
Sonhos impossíveis
Portas fechadas
Amigos esquivos
Abraços nulos
Vozes mudas
Ouvidos moucos
Silêncios ensurdecedores
Solidão alucinante
Força incapacitante
Nostalgia
Luto
Dor
Enojo
Nojo
Ansiedade
Desassossego
Desespero
Agonia
Angustia
Saudade até daquilo que não se teve

Crescer...



A vida é como um jogo de varias etapas, acontecimentos e desafios. As pessoas  são os peões que se mudam de lugar conforme o resultado dos dados. Os dados, esses, são o destino.
No decorrer do jogo  passamos por períodos mais ou menos agradáveis, mais ou menos longos e pelas mais diversas situações. Conhecem-se  outros peões que de uma forma ou de outra vão entram e saem do jogo.
Um autentico jogo virtual, em que ao longo dos vários níveis nos vão surgindo figurinhas com quem temos de interagir para alcançar o nível seguinte… Assim é na vida real. As relações, sejam elas de amizade, familiar, trabalho, amor, etc e tal... longas ou breves, são da maior relevância na evolução de cada um de nós. E são as experiências negativas que mais contribuem para o crescimento interior de cada um de nós.
Sonho imensas vezes com aquelas amizades que duram toda a vida. Mas isso não passa de uma utopia. É impossível manter uma amizade, sempre em alta por tanto tempo. Os amigos que vamos fazendo ao longo da vida, fazem, cada um, parte de um momento ou etapa que, aprendida a lição, passa ao nível seguinte com novas personagens. Em cada etapa do percurso da nossa existência, ficam camaradas inolvidáveis que tal como nós, procuram o rumo certo que nem sempre, quase nunca, coincide com o nosso.
Nunca a velha máxima: “Amigo não empata amigo” fez tanto sentido para mim.
A coexistência com os “amigos” enriquece-nos interiormente e é isso a arte de viver.
A vida é crescer!
Ter amigos também...

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

felicidade

“Felicidade
É uma cidade pequenina
Uma casinha, uma roçinha
É um lugar que se ilumina
Quando a gente faz amor…”

Este é um pedaço de uma musica brasileira que define uma forma de felicidade, a felicidade pelo amor.
Bonito, não é?!
Há muitas definições de felicidade e em cada caso, cada vida, cada pessoa, um conceito diferente. E por vezes dou comigo a pensar no que é realmente a dita felicidade. Pois o conceito “felicidade” é muito subjectivo.
Se nos países desenvolvidos é cada vez mais difícil ser-se feliz e onde cada vez mais proliferam as doenças psiquiátricas devido aos problemas existenciais. Cada vez menos se sabe o que se quer da vida. Quanto mais se tem, mais se quer… Nos países subdesenvolvidos luta-se pela sobrevivência. Não há tempo para pensar em mais nada senão na vida. Viver! Fazer viver!
A falta de tudo, de meios na saúde bem como em tantas outras áreas desperta ao instinto de sobrevivência.
Digo muitas vezes que a ignorância e a felicidade caminham sempre de mãos dadas. Isto porque chego a conclusão que os povos que vivem na obscuridade, longe do progresso, sem educação, sem novas tecnologias, que vivem muito próximos da natureza , da mãe, do principio da humanidade, longe do dinheiro e das pressões das massas, são definitivamente muito mais felizes.
Depressões e doenças associadas são a praga dos países “desenvolvidos” onde já não se sabe lutar pela vida mas sim lutar contra ela.
Pensando bem, nós somos muito felizes, só não damos o real valor ao bem que temos… Portanto, "Façam favor de ser felizes".

Feliz "2010

domingo, 4 de outubro de 2009

Loucura vs Inteligência


Quando tive conhecimento do falecimento de uma Sra. que apesar de louca eu admirava, fiquei triste.
Não propriamente pela sua morte, acredito que tenha ido para um plano mais feliz onde será bem mais compreendida, mas pelo estado como acabou os seus dias, completamente auto-destruída.
A esquizofrenia é uma doença estúpida.
Pouco sei dessa doença, apenas o que vivenciei junto dessa Sra. e de algumas outras que julgo sofrerem do mesmo sem que alguma vez lhes tenha sido diagnosticada a dita maleita. Mas o que vi e ouvi daquela Sra. bastou-me para me questionar se pelo menos em algumas pessoas a inteligência em demasia não se torna prejudicial, elas são tão inteligentes, tão cultas, que acabam por provocar curto-circuitos nos neurónios, sei lá, confusões mentais e tornam-se loucas...ou será que é por serem já loucas que são tão complexamente inteligentes?
Será que é a inteligência que leva á loucura ou a loucura que leva á inteligência?

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Venerando a Lua


Quando olho a lua penso:
Tão bela que ela é!
Majestosa.
Quando cheia, é magnifica, linda, iluminada.
Faz-me sonhar.
A sua luz é prata.
O seu luar
Lembra um tapete de diamantes sobre um manto azul reflectido nas águas.
Muitos a veneram.
Influencia toda a vida na terra.
Toda a vida da terra depende deste astro.
Porquê?
Se a lua não tem vida.
Não tem luz própria.
É simplesmente um espelho frio reflectindo a luz solar.
Sua beleza é roubada ao sol.
Vive na sombra.
Esconde-se atrás da terra.
É apenas um rochedo imenso que se vem afastando da sua rota.
Porquê?
Porque tantos a admiram?
Porque tantos lá querem chegar?
Tão poucos lá chegam…
A lua
Fria
Sem vida
Mexe com a vida 
Aquece almas
Faz sonhar
Eu amo a lua!


Sílvia Q. Sanches 2009

De pés na areia


De pés na areia 
Caminhando sobre a areia flutua-se num plano mais alto.
Soltam-se amarras, descalçando sapatos. Cabelo ao vento. Um arrepio agradável. 
É nesses momentos que se juntam num puzzle os episódios soltos da vida. 
Reflecte-se no que é bom, no que não vale a pena e no que nunca se deveria ter feito mas que afinal ate serviu de lição. Pensa-se no que de bom se tem e no que se pode melhorar amanhã.
Na areia soltam-se as energias negativas em cada pegada que fica para trás e ao vento chamam-se todos os nomes que se gostaria de chamar a tanta gente, ele não se zanga e a alma fica leve. 
Chega-se a praia com toneladas, cabeça cheia e a pouco e pouco começa-se a ouvir o mar, a brisa, as gaivotas, os próprios passos, a própria respiração e é aí que se sente o quanto é bom andar de pés na areia.


Sílvia Q. Sanches 2009